Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº67    Setembro 2003

Politécnico

BEJA

Retratos do património

O Instituto Politécnico de Beja acaba de inaugurar uma exposição de fotografia sobre o património cultural e natural do Baixo Alentejo. A mostra é composta por um conjunto de 100 imagens e está patente no edifício de serviços comuns do IPB, até ao próximo dia 17 de Outubro, entre as 9 e as 21 horas.

De acordo com a organização, a exposição resulta da recolha dos melhores trabalhos das três últimas edições do concurso de fotografia, promovido pela Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja. “Deste modo espera-se contribuir para a afirmação dos melhores fotógrafos da região, promovendo, ao mesmo tempo, os valores patrimoniais alentejanos”.

A inauguração da exposição contou com a presença dos fotógrafos Nicola di Nunzio, Manuel Fonseca e José Barnabé, que teceram alguns comentários sobre a fotografia. A cerimónia serviu também para entregar os prémios referentes aos melhores trabalhos da última edição do concurso.

 

 

IPP PORTALEGRE

O regresso das acções

O Instituto Politécnico de Portalegre tem já agendadas as acções de formação de curta duração. Uma iniciativa composta por 14 cursos que se irão desenvolver ao longo do ano. A primeira acção tem início a 29 de Setembro e subordina-se ao tema «O Atendimento Público: A Qualidade e a Imagem na Organização», num total de 24 horas. Aberto a todos os interessados, este curso tem como coordenador Paulo Canário, docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão.

Já no mês de Outubro realiza-se a segunda acção, sobre «Gestão e Controlo de Tesouraria». As inscrições estão abertas até ao dia 3 de Outubro, e o curso pretende “proporcionar aos participantes uma formação técnica e prática, relativa à gestão dos recursos financeiros». Silvia Carrilho, técnica superior do IPP, é a responsável pela acção.

Novas Tecnologias da informação e Internet é o tema do terceiro curso, que terá início a 23 de Outubro e a sua conclusão a 6 de Novembro, sob a orientação de Graça Mocinha,. técnica de informática do IPP. Ainda para este ano civil estão previstas mais duas acções. Uma sobre gestão de recursos humanos na administração pública (de 10 a 14 de Novembro), sob a orientação de Antero Teixeira, docente da ESTG, e outra acerca da iniciação ao inglês (18 de Novembro a 17 de Dezembro), ministrada por Vanda Ribeiro, docente da ESTG.

Até ao final do ano estão agendadas mais nove acções a saber: «Ética e Deontologia do Serviço Público», »Navegação na Internet», «Estatuto do Pessoal Docente», «Avaliação do Desempenho na Função Pública», «A Contabilidade Digráfica e a Prestação de Contas», «Powerpoint», «Segurança, Higiene e Saúde na Administração Pública», «Folha de Cálculo - Excel» e «Inglês Intermédio». Os interessados deverão contactar os serviços do Instituto Politécnico de Portalegre.

 

 

 

DIA SEM CARROS

Egiecocar presente na Guarda

O protótipo do carro ecológico Egiecocar, desenvolvido pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda, foi uma das atracções dos passados dias 20, 21 e 22, na Guarda, durante as comemorações do Dia Europeu sem carros. O Egiecocar tem participado em diversas provas internacionais, sendo um dos veículos portugueses que mais quilómetros percorre com apenas um litro de gasolina. Na última edição da Shel Eco-Marathon, disputada em França, a equipa da ESTG da Guarda obteve a quarta posição entre formações portuguesas e o 50º posto em termos globais, percorrendo 676,66 quilómetros com um litro de gasolina.

Para aquela prova, a equipa da Guarda preparou um novo carro, o veículo Egiecocar I construído em fibra de vidro e chassis em perfil de alumínio e com motor de 31 cm3. De acordo com os responsáveis pela equipa, factores como a juventude do veículo e a dureza da prova, principalmente no domingo onde esteve um forte calor, contribuíram para o resultado final. De referir que na prova participaram 192 equipas, 14 das quais portuguesas.

A iniciativa do Dia Europeu sem carros foi promovido pela Câmara da Guarda e integrou diversas actividades de cultura, desporto e animação nas ruas principais da cidade. “Viva a Guarda a Pé” foi a designação daquela iniciativa que envolveu associações culturais, desportivas e recreativas, comunicação social regional, associações de desenvolvimento, Polis-Guarda e Escola Superior de Tecnologia e Gestão/Instituto Politécnico da Guarda.

As actividades começaram dia 20, com o funcionamento de uma Biblioteca na principal praça da Guarda (Praça Velha), um rali pedestre pelas ruas da cidade e a exposição do protótipo do “Egiecocar”, carro ecológico concebido na Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Vários insufláveis foram colocados na via pública com divertimentos e jogos para crianças.

O Jardim José de Lemos, o mais central da Guarda, foi convertido em “Jardim da Ecologia” onde, através de jogos, se pretendeu chamar a atenção para as questões do ambiente, designadamente a reciclagem, conhecimento de animais das nossas florestas e transportes não poluentes, recordando o burro e a trotinete, entre outros.

O município organizou também um conjunto de oficinas que designou por “Vamos jardinar”, “Vamos pintar o cinza (aludindo aos fogos florestais) de verde” e “Vamos pintar a nossa cidade sem carros”.

Um sector denominado “Aromas da Maúnça” - referente à quinta com o mesmo nome propriedade da Câmara, dedicada à educação ambiental, permitiu a prova de chás de cultura biológica e biscoitos feitos em forno de lenha, além da exposição de ervas aromáticas e medicinais, legumes e outros vegetais.

Outra exposição mostrou os “carrinhos de rolamentos”, muito usados no passado pelas crianças e que são ainda utilizados em actividades tradicionais em Cadafaz (Celorico da Beira).

Já os dias 21 e 22 foram preenchidos com actividades desportivas (basquetebol, escalada, futebol e jogos tradicionais), animação de rua pelas fanfarras “NEMFÁNEMFUM” e “SACA-BUXA” e pelo grupo de teatro “Aquilo”.

Como curiosidade foram colocados à disposição das pessoas, no dia 22, dois burros, um dos quais aparelhado com carroça, que guiados pelo seu dono, fizeram passeios pelas ruas da Guarda.

 

 

 

ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR

Uma tese singular

A acção social escolar surgiu em Portugal aquando da massificação do ensino e permitiu que mais crianças se matriculassem nas escolas do 1º Ciclo, algumas das quais prosseguiram estudos. Mas se é verdade que facilitou o acesso, “não diminuiu as desigualdades sociais, pois, isso exigia uma reorientação da sociedade que não aconteceu de modo algum”.

A conclusão é de Maria Ivone Blaize Semblano, uma assistente social do quadro do Ministério da Educação, que trabalha em Castelo Branco desde 1972 e acaba de defender a sua dissertação de mestrado na Escola Superior de Altos Estudos do Instituto Superior Miguel Torga, em Coimbra, tendo obtido a nota de muito bom e a garantia de que o seu trabalho vai ser publicado.

A dissertação, sob o tema O Serviço Social Escolar em Portugal - Trajectórias e Dinâmicas nos anos 60 e 70, constitui o primeiro trabalho a fazer a aproximação ao Serviço Social Escolar em Portugal e às práticas profissionais a nível dos ensinos primário, preparatório e secundário naquelas décadas, que ficaram marcadas pelo aparecimento da acção social escolar, ainda que de forma tímida.

“Na sequência das ideias desenvolvimentistas e da crença de que o investimento na educação tinha efeitos ao nível da economia, surgiram em Portugal equipas interdisciplinares que se preocuparam com a inserção do aluno na escola e na sociedade, à semelhança do que já acontecia na França, Bélgica e Estados Unidos. Um tema que hoje se mantém actual, pois se antes se falava em adaptação e desintegração, hoje é lugar comum falar-se em inclusão e exclusão”.

 


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