Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº63    Maio 2003

Politécnico

QUARTA ENTRE PORTUGUESES

Egiecocar em Nogaro

A equipa Egiteam, constituída por docentes e alunos do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, acaba de se classificar na quarta posição entre as equipas nacionais, na 19ª edição da Shell eco-marathon de França, disputado na cidade de Nogaro.

Para aquela prova, a equipa da Guarda preparou um novo carro, o veículo Egiecocar I construído em fibra de vidro e chassis em perfil de alumínio e com motor de 31 cm3. E a aposta não poderia ter sido melhor tendo obtido o 50 º lugar da classificação geral, 4º das equipas portuguesas.

Apesar do sucesso obtido, a equipa da Guarda que nesta edição percorreu 676,66 km/l, num recente passado a equipa conseguiu um melhor resultado. Para esta classificação contribui não só, o aumento do número de voltas (passou de 6 para 7) mas principalmente a média de velocidade com que tinha de se fazer essas voltas, pois passou de 25 para 30 km/h.

De acordo com os responsáveis pela equipa, factores como a juventude do veículo e a dureza da prova, principalmente no domingo onde esteve um forte calor, contribuíram para o resultado final. De referir que na prova participaram 192 equipas, 14 das quais portuguesas.

 

 

 

ELEIÇÕES NO POLITÉCNICO DE VISEU

Pedro Barros continua

João Pedro Barros acaba de ser reeleito para um mandato de três anos no cargo de presidente do Politécnico de Viseu, o que conseguiu após obter 87 dos 134 votos, contra 45 do outro candidato, Fernando Sebastião. As eleições decorreram no início de Maio e resultaram da decisão de se repetir o acto eleitoral de Janeiro de 2002, altura em que João Pedro Barros já vencera.

Neste momento, o presidente do Politécnico aguarda pela homologação dos resultados, dizendo-se tranquilo. “As eleições decorreram dentro do que esperava, apesar do problema surgido com os alunos da ESE (ao qual já respondemos). A diferença de votos poderia ser de 45 e poderia ser mais, mas não concorri na EST. É que os professores não podiam votar e os alunos, num universo de três mil 229, elegeram uma lista de 42 pessoas com 49 votos. Por isso, embora pudesse constituir uma ou mais listas para alunos, não apresentei nenhuma”.

Decidiu por isso prescindir dos 21 votos e “lançar pontes de paz, para evitar que o Instituto se pudesse descredibilizar com mais uma querela institucional”. Afirma no entanto que está “com a total razão e não pactuo com situações menos regulares”. Resta a última palavra de Pedro Lynce. “Ou homologa ou não o faz. Se não o fizer, recorrerei até às últimas consequências, nem que tivesse de ir para o Tribunal Europeu, o que não será necessário, pois as pessoas já se convenceram que a paz é importante”.

OBJECTIVOS. Em matéria de objectivos, o primeiro passa por uma melhor relação com as unidades orgânicas, à luz da nova legislação. “Prevê-se uma nova centralidade que deixa de estar nas escolas e passa para os institutos, o que permite ter uma coordenação maior das unidades orgânicas. Até aqui, aparentemente, eram os institutos que coordenavam as escolas, mas, no fundo, eram as autonomias das escolas que coordenavam a actividade do Instituto”.

No que a obras diz respeito, dentro em breve será inaugurada a terceira residência, com 120 camas, 63 delas em quarto individual, com casa de banho privativa. O edifício da Escola Agrária continua a ser objectivo de luta. “Continuaremos contra ventos e marés e, para já, vamos lançar com pavilhões num valor de 200 mil contos”. No campus politécnico será ainda inaugurado um restaurante a 2 de Junho, o qual dará apoio às escolas e à parte desportiva. Nos próximos meses está prevista a inauguração do novo edifício da Superior de Enfermagem, o qual custou um milhão de contos.

João Pedro Barros mantém ainda outros projectos, como o de trazer a Superior de Educação para o Campus e a quarta residência de estudantes. Afirma que Portugal já perdeu algum dinheiro por não aproveitar as verbas da União Europeia para o investimento público, situação que não se pode continuar. Ainda assim, com as condições que tem, considera que “Viseu reúne todas as condições para dar formação superior, não só ao nível de estruturas, mas também em termos científicos e pedagógicos. Os apoios também são grandes e basta dizer que, só bolsas, o Politécnico paga 55 mil contos por mês”.

DUPLICIDADE. Em relação aos recentes desenvolvimentos da legislação a aplicar ao Ensino Superior, o presidente considera que o documento da Direcção Geral de Ensino Superior “deixa antever uma redução do número de vagas”, a qual não aceita. “Vou lutar contra esta questão bem como contra o financiamento ou desinvestimento que, aparentemente pode acontecer nos institutos politécnicos”.

Mas há aspectos que considera positivos, como o das prescrições. Não aceita que “o dinheiro dos impostos dos portugueses sirva também para financiar os estudos de pessoas que estão matriculados há 8, 10 ou mais anos, os quais não concluem qualquer cadeira”. Aceita ainda “o reconhecimento da nossa autonomia absolutamente idêntica à autonomia universitária”.

Finalmente, em relação às propinas, entende que deve haver uma “grande responsabilização do Governo”. Caso contrário, teme que as instituições com melhor situação financeira possam praticar preços mais baixos, fazendo com que aquelas que estão em maior dificuldade possam perder alunos, em virtude de terem de praticar os preços máximos. “Essa seria uma situação de profundíssima injustiça. Já disse ao senhor ministro que esta fórmula cega terá da minha parte total oposição”.

 

 

MINISTRO DÁ GARANTIAS A VALTER LEMOS

Escolas vão avançar

O Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, acaba de garantir ao presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Valter Lemos, a construção das escolas superiores de Saúde e de Artes Aplicadas, bem como do edifício comum àqueles estabelecimentos. A garantia foi dada este mês, numa reunião, em Lisboa, onde estiveram também presentes outros responsáveis pelo ministério. “O ministro já tomou a decisão política da construção daqueles espaços avançar e a nossa expectativa é de que os primeiros concursos avancem em 2003, de forma a que a primeiras fases da obra arranquem em 2004”, diz Valter Lemos.

Segundo o presidente do Instituto Politécnico, “as obras vão avançar de uma forma faseada, estando neste momento a definir-se esse faseamento”. A garantia de Pedro Lynce vem assim dar um novo incremento ao Plano de Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que junto à actual Escola Superior de Tecnologia vai construir as duas novas escolas (actualmente a funcionar em instalações limitadas) e uma nova estrutura que apoiará aqueles estabelecimentos de ensino.

“Neste momento o projecto de construção das escolas não está em causa, o que está a ser feito é um novo faseamento da obra, de acordo com as disponibilidades financeiras do Estado, em cada ano. Mas dentro de um mês esse faseamento ficará definido”, explica Valter Lemos.

O futuro campus, que integrará a Superior de Tecnologia, a qual ficará ligada através de uma passagem superior, obrigará a um investimento que ultrapassará os três milhões de contos, embora o investimento inicial fosse de cerca de quatro milhões. “Ao projecto inicial fez-se um corte significativo, que torna a obra menos dispendiosa. Assim, o actual projecto já não integra o parque de estacionamento subterrâneo, nem a piscina coberta da Escola Superior de Saúde que se destinava ao curso de fisioterapia. Além disso, procuraram encontrar-se soluções arquitectónicas mais baratas”.

Valter Lemos confessa que “não esperava outra decisão por parte do senhor ministro. Além disso, mostrou-se decidido a tirar todas as pedras da engrenagem que afectaram este processo nos últimos anos”. O presidente do Politécnico recorda que “as razões que levaram à criação daquelas duas escolas continuam actuais e se no nosso caso esses estabelecimentos avançaram de forma decidida foi porque fomos a primeira instituição, no País, a propor a criação de uma escola superior de artes aplicadas em Portugal e a propor a integração das escola de enfermagem no Politécnico, bem como a sua transformação em escola superior de saúde”.

As duas novas escolas ficarão situadas na Avenida do Empresário, junto à actual rotunda que se encontra em frente da Superior de Tecnologia. No seu conjunto formarão um campus com uma imagem forte, apoiada pelos espaços amplos, sendo um deles o que separa os dois edifícios propriamente ditos, de um terceiro onde ficarão situadas as bibliotecas e a cantina que servirá as três instituições de ensino (a Superior de Tecnologia incluída) que então ficarão paredes meias. Valter Lemos gostaria agora de “receber a visita do Ministro, para que pudesse ser ele próprio a anunciar a construção daquela estrutura”
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