PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS
EM ÉVORA
Reforçar laços
antigos

A Universidade de Évora recebeu com pompa e circunstância, no passado dia quatro de Junho, o Príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon, que terminou nesta cidade uma visita oficial de três dias ao nosso país. O encontro entre o reitor da instituição, Manuel Ferreira Patrício, e o herdeiro do trono de Espanha serviu, essencialmente, para reforçar os laços que unem a universidade à família real espanhola e à cultura desse mesmo país.
Durante o encontro, Manuel Ferreira Patrício salientou que o facto de Évora se encontrar geograficamente próxima de Espanha (Extremadura e Andaluzia) faz com que exista um maior diálogo entre os dois países ibéricos. “Esta proximidade faz parte da história dos dois Estados Ibéricos e favoreceu sempre o diálogo, comunicação e interacção dos seus povos, sendo uma espécie de sangue que lhes alimentou, e alimenta, a dinâmica e a identidade culturais”, afirmou o reitor.
Em meados do século XVI, mais propriamente no ano de 1559, a Universidade de Évora iniciou o seu primeiro ciclo de existência. Segundo Manuel Ferreira Patrício, este primeiro ciclo fez com que a instituição se “afirmasse de imediato no contexto ibérico e no contexto mais amplo da Europa, constituindo com Alcalá de Henares/Valladolid, Salamanca e Coimbra um poderoso conglomerado universitário, representado pelo triângulo de que Évora é o vértice sul”.
Luis de Molina, Francisco Suárez e Pedro da Fonseca são alguns exemplos da relação que existiu entre as culturas dos dois povos. “Aos três está a Universidade de Évora intimamente ligada. Luis de Molina aqui ensinou durante dezena e meia de anos, laboriosamente edificando uma grande obra de pensamento teológico, filosófico, jurídico, económico e social. O insuperável Francisco Suárez aqui se doutorou, para plenamente poder exercer o magistério em Coimbra. Pedro da Fonseca de igual modo na Universidade de Évora obteve o grau de doutor, nela tendo sido Professor durante 15 meses e certamente nela trabalhando na sua magna obra lógica e metafísica”, disse Manuel Ferreira Patrício.
Ainda no que diz respeito à área da educação, o responsável daquela instituição referiu que “esperamos poder iniciar já no próximo ano lectivo a licenciatura em Estudos Portugueses e Espanhóis. Para além disso, o Conselho Científico da Universidade já aprovou a criação de uma pós-graduação e mestrado em Estudos Ibéricos, sendo para tudo constante a colaboração da Embaixada de Espanha, do Instituto Cervantes e da Universidad de Extremadura, através de Badajoz e de Cáceres”.
O Reitor da Universidade de Évora fez questão de salientar, ainda, a mobilidade de alunos (no âmbito do Programa Erasmus) e docentes que existe entre os dois países. “Expressiva é também a cooperação no domínio da mobilidade de alunos e docentes, nos dois sentidos: de Portugal para Espanha e de Espanha para Portugal, em diversas áreas científicas, sendo as mais relevantes as Línguas, as Ciências do Ambiente, as Ciências Agrárias e a Biologia”.
No final do seu discurso, Manuel Ferreira Patrício lembrou a Felipe de Bourbon a proximidade da família real espanhola à Universidade. “Permita-me Sua Alteza Real terminar esta breve alocução de caloroso acolhimento evocando respeitosa e afectuosamente a excelsa e real figura de sua mãe, a Rainha Sofia, a quem teve a Universidade de Évora a honra e o gosto de outorgar o grau de Doutor “Honoris Causa” em 1996, coincidindo tal feliz evento com a emergência das Artes entre nós, que Sua mãe tão brilhantemente tem patrocinado”.
Após a troca de presentes, Felipe de Bourbon visitou a biblioteca da universidade, onde consultou alguns livros relacionados com a cultura espanhola. Contactou, ainda, com alguns alunos espanhóis que se encontram a frequentar o programa Erasmus nesta instituição. Foi, também, presenteado com as tunas e um beberete.
No adeus à Universidade de Évora, os estudantes estenderam as capas aos pés do Príncipe das Astúrias.
Noémi Marujo
À MESA DA SOCIOLOGIA
Aumentar o
conhecimento
O Departamento de Sociologia da Universidade de Évora levou a efeito, no passado dia 12 de Junho, mais uma iniciativa “À Mesa da Sociologia”.
Tratou-se da 9.ª edição deste evento, que contou com a presença significativa de docentes e estudantes, designadamente dos cursos de licenciatura, pós-graduação e mestrado oferecidos pelo Departamento de Sociologia.
O conferencista convidado desta sessão foi o Prof. Doutor Augusto Fitas, Director do Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência da Universidade de Évora, que abordou a temática “A Sociologia e a História da Ciência”.
Depois da intervenção do Prof. Fitas, seguiu-se um animado período de discussão que interessou vivamente todos os presentes.
Esta iniciativa, única na Universidade de Évora, é factor de convívio e de sociabilidade. Contribui para aumentar os conhecimentos científicos, o espírito crítico e a reflexão de todos os participantes.
ÉVORA
Apostar no
turismo
A Universidade de Évora contempla no seu quadro global de oferta de formação, para 2003/2004, uma Licenciatura em Turismo e Desenvolvimento. Trata-se de uma nova Licenciatura que vai ser lançada pelo Departamento de Sociologia, e que segue a filosofia do “Processo de Bolonha”.
Segundo Francisco Martins Ramos, Presidente do Conselho do Departamento de Sociologia, a Licenciatura em Turismo e Desenvolvimento “vem colmatar uma lacuna no conjunto dos ensinos oferecidos pela nossa universidade. Como sabe, o turismo é um sector em crescimento no nosso país. Por isso, esta oferta é estratégica e corresponde à necessidade sentida no mercado do trabalho em valorizar com formação superior muitos profissionais do sector e em satisfazer as necessidades do sector e a apetência de muitos jovens”.
O curso tem uma orientação formativa, generalista e polivalente. Assim, tem como principais objectivos: A compreensão do turismo como fenómeno social total; a capacidade técnico-científica para conceber, implementar e gerir projectos de animação sócio-cultural na vertente turística; a formação adequada em planeamento, monitorização e avaliação de programas e projectos de desenvolvimento turístico; o conhecimento dos traços sócio-culturais peculiares no contexto do mundo urbano/rural de Portugal, enfatizando a contextualização ambiental.
“Com o plano de estudos que está contemplado na Licenciatura em Turismo e Desenvolvimento, os licenciados ficarão dotados de competências técnico-científicas para analisar a situação do turismo num dado espaço geográfico, sem descurar o contexto sócio-económico e ambiental, e potenciar os recursos humanos sobre os modos de utilização racional e sustentada na preservação cultural e patrimonial”, concluiu o Presidente do Departamento de
Sociologia.
Noémi Marujo
ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA
DA UBI
Franco preside à nova
direcção
Luís Franco é o novo presidente da direcção da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), após ter sido o único candidato a apresentar lista às eleições do passado dia 11 de Junho, e promete desde já “despertar a academia” de forma a que os alunos voltem a reivindicar os seus direitos.
O novo presidente tem apenas 21 anos nasceu em Lisboa, frequenta o 2º ano do curso de Ciências da Comunicação e já foi presidente do UBImedia. Afirma que já conhecia a Covilhã e a própria UBI pelo facto do seu irmão já frequentar aquele estabelecimento de ensino e que esse foi um dos factores que contribuiu para a decisão de estudar na Covilhã “num curso que até já conhecia minimamente”,
refere.
|