Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº65    Julho 2003

Universidade

ENGENHARIA CIVIL EM ÉVORA

Responder à Região

O novo curso de Engenharia Civil começa já a entrar em funcionamento no ano lectivo de 2003/2004. A Universidade de Évora pretende com esta nova licenciatura uma adequada inserção nacional e regional com o objectivo de poder responder às necessidades do mercado de trabalho da região e do país. Tendo em conta as competências existentes na referida instituição, foram definidos dois perfis: o da Construção e o da Hidráulica e Recursos Hídricos.

Para José Júlio da Silva, Membro da Comissão Instaladora do Curso, a nova licenciatura irá trazer benefícios para a Região Alentejo. “O facto de, numa região tão vasta quanto o Alentejo, o ensino público universitário não oferecer uma licenciatura em Engenharia Civil contribui para a carência de quadros que tão importantes são para viabilizar o necessário desenvolvimento sustentado da região”.

O futuro engenheiro civil, formado pela Universidade de Évora, ficará dotado de bons conhecimentos técnicos e com capacidades de os aplicar com criatividade e de os desenvolver, actualizar e adaptar em função das novas tecnologias.

“No sul do país, se exceptuarmos Lisboa, não existe qualquer licenciatura em Engenharia Civil acreditada pela Ordem dos Engenheiros. Cientes da importância da acreditação do curso, estabelecemos contactos com a Ordem dos Engenheiros de forma a que o conteúdo curricular do curso satisfizesse as suas recomendações. Assim, a licenciatura em Engenharia Civil da Universidade de Évora tem todas as potencialidades para poder vir a ser acreditada pela Ordem dos Engenheiros”, realçou José Júlio da Silva.

Trata-se de facto de uma licenciatura que pretende formar engenheiros com uma sólida preparação no domínio das ciências de base e das ciências da engenharia. Segundo a Comissão de Curso, a preparação no domínio das ciências da especialidade deverá “responder às necessidades do mercado de trabalho, preparando profissionais que, ultrapassando o nível do conhecimento, atinjam o nível da competência”.

O numerus clausus do curso é de 35 alunos. Segundo José Júlio da Silva “trata-se de um valor inferior ao de qualquer licenciatura em Engenharia Civil oferecida actualmente pelas universidades portuguesas”. No entanto, e de acordo com as suas palavras, tal facto, irá possibilitar um ensino “com uma forte componente prática”, nomeadamente através de aulas laboratoriais, execução de trabalhos de campo, visitas a obras, elaboração e apresentação de trabalhos individuais e de grupo, resolução de situações-problema, elaboração de projectos integradores de conhecimentos e de estágios.

A Comissão Instaladora da Licenciatura, criada no início do corrente ano, integra, para além de Professores de vários Departamentos da Universidade, três Engenheiros Civis, exteriores à Universidade, possuidores de um vasto e rico curriculum. Para além disso, foram ainda estabelecidos contactos com a Delegação Distrital de Évora da Ordem dos Engenheiros, com a Associação de Municípios do Distrito de Évora e com a Delegação da AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas dos distritos de Évora, Beja e Portalegre, contactos esses que serão aprofundados.

Os licenciados em Engenharia Civil ficarão habilitados ao exercício da profissão em diferentes áreas: direcção e fiscalização de obras (edifícios, pontes, vias de comunicação, barragens, canais e obras de saneamento básico), projecto de estruturas, projecto de infra-estruturas, planeamento, investigação e desenvolvimento.

Noémi Marujo

 

 

ENCONTRO PATIC 2003

Aprender com as tic

O Núcleo Minerva e o Centro de Competência Nónio Séc. XXI da Universidade de Évora realizaram, no passado dia 9 de Julho, o Encontro PATIC (Projectos e Aprendizagens com as Tecnologias de Informação e Comunicação) 2003 subordinado ao tema “A Escola, a Europa e a Sociedade de Informação”.

Os objectivos principais desta iniciativa foram: promover a partilha de experiências entre as equipas envolvidas no Programa de Acompanhamento da utilização educativa da Internet nas escolas públicas do 1º Ciclo do Ensino Básico; sensibilizar os professores para a importância da escola no desenvolvimento das competências básicas da cidadania em TIC; divulgar projectos, desafios, oportunidades, experiências e práticas com as TIC, que aprofundem o conhecimento dos valores europeus; debater o papel dos professores e das TIC na Escola do Séc. XXI.

O Encontro contou com a presença de cerca de 200 participantes. Para além da conferência inaugural proferida pelo Reitor da Universidade de Évora, Manuel Ferreira Patrício, com o título “A Escola e a Sociedade de Informação”, o evento contou com duas sessões plenárias (Algumas propostas didácticas para uma aproximação do utilizador ao domínio digital e A Escola, a Europa e a Sociedade da Informação), um painel intitulado “Educar e Inovar nas Escolas com a Internet” e 15 comunicações proferidas por professores, de vários pontos do continente e ilhas, e por alunos desta instituição. As comunicações foram: “As TIC na Região Autónoma da Madeira”, “Já Está – Avaliação de uma Ferramenta Educativa”, “Schoolscape Project: Escolas à Espreita do Futuro”, “Drog@ - Observatório Transfronteiriço On-Line sobre Prevenção de Toxicodependência no Ensino Superior”, “Window Barato – Freeware Zone”, “Ougela, Janela aberta para o Mundo”, “A Internet chegando às Escolas”, “A grande Orquestra – Novos Desafios no Ensino da Música”, “Desenvolvimento de Websites: Portal dos Catraios – um Projecto para a Web”, “Uma Tartaruga na Cidade”, “Partilha de Experiências relacionadas com as TIC na E.B.1 de Borba”, “Utilização Educativa da Internet pelos Professores e Alunos das Escolas do 1.º Ciclo no Distrito de Vila Real” e “Formar Professores no Contexto da Cultura Digital”.

Os participantes tiveram, ainda, a possibilidade de obter o Diploma de Competências Básicas em TIC, através da realização de uma prova prática.

Noémi Marujo

 

 

 

SOCIOLOGIA

Mestrado em Saúde

O Departamento de Sociologia da Universidade de Évora vai lançar, este ano lectivo, um Mestrado em Intervenção Socio-Organizacional em Saúde, que terá como área de especialização “Políticas de Administração e Gestão de Serviços de Saúde”. Trata-se de um projecto que resulta de um protocolo estabelecido entre aquela instituição e a Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa.

O Departamento pretende com este Curso de Mestrado fornecer uma formação avançada a todos aqueles que estão interessados no aprofundamento dos seus conhecimentos, na melhoria das suas competências, qualificações e práticas nas organizações de saúde.

Segundo Carlos Alberto da Silva, Director do referido mestrado, o presente curso pretende “satisfazer as aspirações de muitos licenciados interessados na melhoria das suas condições de profissionalização e qualificação na organização da prestação de cuidados de saúde”.

Considerando que o curso será crucial para o país, Carlos Alberto da Silva frisou que “num diagnóstico efectuado sobre o actual panorama da oferta de cursos pós-graduados na área da saúde em Portugal, verificámos uma reduzida oferta de cursos pelas instituições públicas e privadas, constatando-se ainda uma ausência de cursos com enfoque específico sobre a análise sócio-organizacional e comunitária em saúde. Penso que este curso vem satisfazer as aspirações de muitos profissionais que trabalham na área da saúde, e que têm vindo a expressar a necessidade de aprofundar os seus conhecimentos”.

Refira-se que o estatuto legal da carreira dos profissionais de saúde reconhece a necessidade de uma formação pós-graduada, nomeadamente ao nível das problemáticas de gestão e intervenção organizacional. “Repensar a acção colectiva, nas formas de regulação organizacional da e na prestação de cuidados de saúde coloca-nos igualmente o desafio de interrogar as necessidades da comunidade e as racionalizações estratégicas da políticas e práticas na saúde”, concluiu aquele responsável.

O Curso terá como principais objectivos: promover a inovação e fomentar a investigação e intervenção no sistema de saúde; aprofundar a compreensão das problemáticas da organização da prestação de cuidados de saúde e a utilização de metodologias conducentes ao diagnóstico e à intervenção organizacional e comunitária; alargar os horizontes das competências profissionais, ao nível dos saberes teórico-metodológicos.

N.M.

 

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