Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº60    Fevereiro 2003

Associações

FESTIVAL DE TUNAS

Música em Castelo Branco e Tomar

A Tuna da Escola Superior de Tecnologia, EsTuna e a Associação de Estudantes da EST de Castelo Branco, estão já a preparar o Fitas 2003. O Festival Internacional de Tunas tem data marcada para finais de Março, e de acordo com os responsáveis do evento, em Castelo Branco vão estar alguns dos melhores grupos de música académica. Ao que tudo indica a iniciativa deverá realizar-se nos dias 28, 29 e 30, no Cine-Teatro Avenida.

Nuno Pereira e a equipa organizadora do Fitas 2003 esperam voltar a ter a casa cheia, como tem sucedido em anos anteriores. Convidadas para participarem no evento estão a Imperial Tuna Académica da Figueira da Foz, a Oportuna (do Instituto Superior de Ciências da Saúde), a Tuna Universitária do Instituto Técnico de Lisboa, a Azeituna (Universidade do Minho), Infantuna (Tuna Académica de Viseu), Tuna Universitária de Santiago de Compostela (Espanha), Tuna de Veteranos da Corunha (Espanha) e a própria EsTuna, que tal como a da Corunha não concorrerão para qualquer prémio.

De acordo com aquele responsável, o Fitas deste ano apresenta algumas novidades. Assim, a iniciativa começa com a realização de uma garraiada e de um churrasco, bem regado de preferência. Ainda na noite de sexta-feira, será feita a ronda dos bares, onde as tunas poderão afinar as gargantas para o espectáculo do dia seguinte.

No sábado, dia 29, o Fitas leva as tunas a disputarem o Prémio do Melhor Passa Calles, ou seja, o troféu que premeia a tuna que melhor desfilar nas ruas da cidade. Após o jantar numa das cantinas do Instituto Politécnico, os jovens académicos deslocam-se para o Cine-Teatro Avenida, onde se realizará o espectáculo. O Fitas começa já a ser uma referência no meio académico e para este festival a organização irá atribuir nove prémios, a saber: 1ª melhor tuna, 2ª melhor tuna, Tuna mais Tuna, Melhor Instrumental, Melhor Solista, Melhor Pandeireta, Melhor Porta-Estandarte, Melhor Passa Calles e Tuna Simpatia.

A segunda edição do Festival Internacional de Tunas da Cidade de Tomar, o II Templário, vai decorrer no próximo dia 8 de Março, e contará com a presença de tunas como a da Universidade Católica Portuguesa, Académica da Universidade Lusíada do Porto, Tuna Académica de Lisboa, da Engenharia da Universidade do Minho. De Espanha viajam ainda a Tuna Politécnica Superior “ La Rábida “ (Huelva), e a Tuna de Veteranos de La Coruña, a qual participa extra-concurso. Haverá ainda espaço para a apresentação do Grupo de Jograis da Univ. do Minho (Jogralhos).

Para o dia 8 está ainda agendado um Pasacalles (desfile pelas ruas da cidade), uma Serenata (às guias e todas as mulheres presentes) na Praça da Republica e, à noite, no Cine Teatro Paraíso, decorrerá o concurso... Venha a Tomar no ano da Festa dos Tabuleiros!!!

IV EL AÇOR. Nos dias 14 e 15 de Março que a Tuna do Politécnico de Tomar, vai estar pela primeira vez nos Açores, para participar no El Açor, festival organizado pelos Tunídeos – Tuna Masculina da Universidade dos Açores. 

CD. A Tuna Templária já está a comercializar o seu CD, o qual é resultou do I Templário - Festival Internacional de Tunas Cidade de Tomar, realizado no passado dia 16 de Março de 2002. O CD é constituído por temas interpretados pela Tuna de Empresariales De Huelva, Tuna Da Universidade Católica Portuguesa - Porto, Tuna de Veteranos de La Coruña, Tuna de La U.N.E.D. De Elche , Tuna Académica da Universidade Lusíada do Porto , Tuna de Medicina de Coimbra , intervenções dos Jogralhos -  Grupo de Jograis Universitários do Minho, bem como de uma faixa interactiva (com fotos, historiais das tunas, letras...).

 

 

 

TRADIÇÃO ACADÉMICA

Praxes com novas regras

Os reitores das universidades portuguesas e os presidentes dos Institutos Politécnicos estão a ultimar uma proposta final de estatuto disciplinar do estudante a remeter ao Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Facto que deverá acontecer em Março, segundo informou o Conselho de Reitores, em comunicado, divulgado pela Agência Lusa.

O documento, segundo os reitores, pretende ser um instrumento de defesa dos princípios orientadores do convívio democrático e respeitador dos direitos e da dignidade das pessoas que consideram dever presidir a todas as práticas de tradição académica.

“Considera-se à luz destes princípios que as Universidades não têm somente a missão de formar diplomados técnica e cientificamente competentes, mas também cidadãos defensores dos mais exigentes valores sociais e políticos”, refere o conselho. Numa declaração de princípios os reitores frisam que têm acompanhado com atenção, e preocupação, alguns desenvolvimento noticiosos sobre eventuais factos ocorridos no que é habitual designar-se por “praxe académica”.

Para o CRUP, a tradição académica não se esgota na praxe. O conselho de Reitores considera “imperativo que em circunstância nenhuma qualquer prática alegadamente inscrita na tradição académica desrespeite a pessoa humana na sua dignidade e, em consequência, que não possa haver nunca a menor dúvida sobre o cumprimento pleno, dentro da praxe académica, da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da Convenção Europeia que a complementa”.

“Não confundamos alegria com barbárie eufórica. Vamos partilhar o acolhimento e a festa na atmosfera da dignidade humana”, refere o CRUP.

No entender de Nuno Pereira, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, o assunto que foi discutido na última reunião da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico, merece alguma atenção. “As praxes não devem ser limitadas, mas as comissões de praxe devem ser sensibilizadas sobre o modo como essas práticas académicas podem e devem ser feitas”. Aquele responsável diz mesmo que “por vezes há falta de informação entre os estudantes que praticam as praxes e os novos alunos. Há casos em que também surgem alguns abusos, pois quem realiza a praxe não tem formação para o fazer, algo que nunca surgiu na nossa escola”.

O presidente da Associação de Estudantes da EST esclarece contudo que “quando há queixas de alunos que se consideram lesados na praxe, normalmente chamam-se os intervenientes e o assunto resolve-se”. Nuno Pereira lembra ainda que “os alunos não são obrigados a participar nas praxes. Se optarem por essa opção ficarão limitados daquilo a que se chama tradição académica, não podendo por exemplo usar o traje académico. Mas estão no seu direito”. 

Nuno Pereira considera positiva a realização das praxes, desde que sejam feitas sem ofensas e violência. “A tradição académica envolve as praxes que servem para integrar os novos alunos dentro da escola e da cidade. Ou seja os novos estudantes do superior vão andar juntos e conhecer-se melhor, o que é positivo pois poderão vir a ser da mesma turma e terem que desenvolver projectos e trabalhos em grupo. Na nossa escola é essa a ideia que prevalece e além de toda a envolvência da escola, realizamos também passeios à cidade, para que eles a conheçam melhor”.

 

 

 

Intranet na UBI

Liliana Matos e Pedro Rodrigues, alunos do último ano de Matemática/ Informática acabam de apresentar o projecto Dinet [http://dinet.di.ubi.pt]. Trata-se da intranet do Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior. Este projecto surgiu dum trabalho de investigação realizado por Joel Rodrigues, docente neste departamento e orientador do trabalho, cujo principal objectivo, é criar um ambiente favorável à partilha de conhecimento, suportado por esta plataforma.

“Podemos integrar neste sistema a informação e o conhecimento mais relevantes do Departamento”, explica Joel Rodrigues. “Isto implica quer informação de âmbito administrativo, quer informação organizada por áreas de interesse e investigação de cada docente bem como das disciplinas leccionadas”. O sistema de gestão de conhecimento está integrado na Intranet e encontra-se organizado em função das áreas científicas definidas pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineering) e pela ACM (Association for Computer Machinery) através da Task Force “Model Curricula for Computing”. Para cada área científica existe a possibilidade de partilhar documentos, hiperligações para páginas web com interesse nesta área e um fórum de discussão. Mas há ainda três fóruns, de âmbito genérico, relacionados com aspectos pedagógicos e tecnológicos assim com actividades extra profissionais. Joel Rodrigues sublinha que “o objectivo deste fórum prende-se com o envolvimento dos docentes, motivando-os para a partilha de informação e conhecimento”.

O DInet pretende, segundo Liliana Matos “desenvolver uma nova vertente baseada no E-learning”, ou seja, permitir que pessoas não registadas na Intranet, sobretudo os alunos, tenham acesso a informação sem que necessitem de autenticação no sistema. A Intranet disponibiliza ainda uma agenda on-line com os eventos do Departamento de Informática.

Catarina Rodrigues

 


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