ESCOLA DE TURISMO E
TELECOMUNICAÇÕES
Brás elogia novo
edifício

A Escola Superior de Turismo e Telecomunicações do Politécnico da Guarda, instalada em Seia, já está a funcionar no novo edifício situado junto à estrada em direcção a Arrifana e aguarda-se agora que avance já no próximo ano o Curso de Gestão Hoteleira e o Curso de Telecomunicações. Esse é pelo menos o desejo do director da instituição, João Brás, para quem a escola está em crescimento em resultado da grande procura revelada pelos candidatos ao Ensino Superior.
“Tínhamos indicadores que a procura seria forte em relação ao Curso de Turismo e Lazer, o que se verificou, pois as 84 vagas foram preenchidas na primeira fase e ainda entraram mais seis alunos ao abrigo de regimes especiais. Esperamos agora que a tutela aprove os cursos de Gestão Hoteleira e de Telecomunicações, pois temos indicações que serão áreas com muita procura, olhando às carências do sector”.
Aquele responsável considera que o próximo ano será um ano chave, uma vez que “estão reunidas as condições para avançar com os dois cursos”. João Brás espera luz verde para poder avançar com a aquisição de alguns equipamentos em falta, bem como com a contratação de docentes, o que só será possível depois de garantido o financiamento.
A empregabilidade é outro dos factores que leva aquele responsável a lutar pela abertura das duas novas áreas. “Há saídas profissionais, dada a carência manifestada pelos próprios empresários, seja ao nível da Gestão Hoteleira ou de empreendimentos turísticos. Quanto às telecomunicações, já o anterior ministro do Ensino Superior defendia que é preciso apostar na área das tecnologias, dado que o número de formados é insuficiente em termos nacionais”.
Neste cenário, apesar da conjuntura revelar uma falta de candidatos, e embora a escola esteja a funcionar em regime de instalação, João Brás está confiante no crescimento. “Levámos a bom porto a construção do edifício, para onde já mudámos os equipamentos, o qual contempla espaços para as diferentes áreas previstas no projecto educativo”.
A inauguração é que ficará para mais tarde. “Acontecerá a breve prazo. O fundamental era ter lá as actividades a funcionar, o que já acontece e em condições de qualidade para ministrar cursos de ensino superior. Existem espaços para laboratórios das telecomunicações, para a gestão hoteleira, desde a cozinha, à sala de formação de bar, quarto de aplicação, padaria/pastelaria, sala de formação de culinária...”. João Brás refere ainda que a única escola com condições semelhantes às de Seia será a que existe há anos no Estoril.
ESE DA GUARDA
No caminho da
reconversão
A Escola Superior de Educação da Guarda preencheu uma parte significativa das vagas de acesso ao ensino superior. Fruto de uma política que passou por inovar as ofertas formativas, Joaquim Brigas, director da ESE, considera o ano lectivo se iniciou da melhor maneira. “Tivemos uma excelente cotação na primeira fase. Fomos a escola da região centro que obteve melhores resultados na primeira fase, ficando em segundo lugar a nível nacional”. Ainda assim, aquele responsável lembra que a “escola continua preocupada com o futuro, já que em termos demográficos há uma diminuição da população escolar que vai entrar para o ensino superior. Além disso, há a necessidade de oferecer determinado tipo de formação que nos permita continuarmos a ter alunos com qualidade”.
A reformulação de alguns cursos e o aparecimento de novas ofertas formativas é um caminho que a Escola Superior de Educação persegue. “Através dos seus órgãos próprios, a ESE tem trabalhado na apresentação de novas ofertas de formação, com o objectivo de atrair alunos, tendo em atenção as necessidades do mercado. Para este ano foi aprovado apenas um curso, embora tivesse a esperança de que fossem aprovados dois”.
Para Joaquim Brigas o papel das escolas contribui para o desenvolvimento do país no seu todo. Por isso, rejeita a ideia de interior. “A área de influência dos estabelecimentos situados no interior do país, não é regional, mas sim nacional. Inicialmente pensava-se que os politécnicos promoveriam o desenvolvimento regional, mas aquilo a que se assistiu foi que os institutos nunca estiveram virados, através dos cursos, para as necessidades regionais, mas sim nacionais. Daí que tenhamos alunos de todo o País”.
Qualidade é a palavra chave para cativar bons alunos. “Temos que oferecer um ensino de qualidade, adequado às necessidades da sociedade actual, que não seja apenas teórica, mas que se baseie também no saber prático e saber útil”. A formação ao longo da vida e a realização de pós-graduações é algo que também está enraizado na Escola Superior de Educação da Guarda. “Para além da oferta de qualidade, com a presença de quadros profissionais qualificados em áreas específicas de formação, a ESE tem apostado na formação contínua, que já não se dirige apenas aos professores, mas também para outros técnicos superiores de outras áreas, como a advocacia, nas áreas das tecnologias da informação”.
Joaquim Brigas lembra que o sucesso da ESE está relacionado com a abertura da escola ao meio envolvente. “O Programa Internet na Escola é um bom exemplo disso, pois estamos a trabalhar com todas as escolas do 1º ciclo do Distrito da Guarda. Facto que constitui também uma oportunidade única de contacto com um público privilegiado, como são os professores, que depois vêm à escola fazer formação contínua, ou as Câmara Municipais”. Já a formação pós-graduada é outra aposta da instituição. “A ESE desde há dois anos que tem esse tipo de formação, que envolve também os mestrados. É um incentivo para os jovens que escolhem a escola, pois sabem que terão aqui a oportunidade de prosseguir as suas pós-graduações. Algo que representa a qualidade da escola”.
O relacionamento com o meio envolvente tem sido excelente, no entender de Joaquim Brigas. “Temos tido protocolos de colaboração com algumas instituições que têm vindo dar o seu contributo ao nível da formação contínua. É um tipo de parceria que tem corrido muito bem a esse nível, e até mesmo no que respeita à Imprensa Regional. Além disso, os recursos desportivos e de audiovisuais que têm sido partilhados com diversas escolas”. Joaquim Brigas lembra ainda que a realização de jornadas contribui para essa ligação ao meio envolvente. “No dia 11 e 12 vão decorrer as jornadas de educação, e no dia 12 vai ser lançado um livro de homenagem ao primeiro director da ESE, José Miguel Carreira Amarelo”.
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