FESTIVAL INTERNACIONAL DE
MÚSICA DE CASTELO BRANCO
Cheiro brasileiro no
Primavera Musical

Considerado um dos melhores festivais de música do País, o Primavera Musical, organizado pelo Conservatório Regional de Castelo Branco, tem já o seu programa definido, apresentando como cabeça de cartaz o brasileiro Egberto Giomonti. “É muito difícil destacar quem quer que seja dos artistas ou grupos que estarão presentes no Festival. De qualquer modo, o primeiro espectáculo, com Egberto Gismonti, é um momento único para a cidade. Isto porque o artista brasileiro é um músico universal. É uma espécie de lenda viva da música mundial, que apenas fará uma actuação em Portugal, que é em Castelo Branco”, começa por explicar Carlos Semedo, responsável pela organização. O Festival Internacional de Música de Castelo Branco tem início a 2 de Maio e prolonga-se até 8 de Junho.
Apesar das dificuldades financeiras, Carlos Semedo sublinha que a qualidade dos espectáculos não foi beliscada (ver suplemento). “Em todos os espectáculos intervém figuras de renome internacional, como o pianista Wayne Marshal, que irá também realizar um curso de improvisação musical em Castelo Branco. O Quarteto francês Elysée, irá apresentar um programa clássico e romântico, enquanto que os Tallis Scholars (um dos grupos a nível mundial que apresenta a maior discografia) interpretará música barroca e renascentista, dias depois de actuar no Centro Cultural de Belém”. Carlos Semedo destaca ainda a “Orchestrutopica”, que este ano regressará a Castelo Branco com uma estrutura algo diferente da do ano passado.
Os mais novos também estarão presentes na iniciativa, através “do coro infantil de Belgais, que com a Orquestra da Esart, dirigida pelo Maestro Osvaldo Ferreira, realizarão os últimos dois concertos, no Cine Teatro Avenida”. Dois espectáculos onde será apresentada a peça “O Lobo Diogo e o Mosquito Valentim”, da autoria de Eurico Carrapatoso, e que terá como solistas o barítono Jorge Vaz de Carvalho, a soprano Angélica Neto e o narrador Pedro Oliveira.
Como vem acontecendo ao longo dos últimos anos, o Primavera Musical vai desenrolar-se em vários pontos da cidade. Algo que é muito positivo, no entender de Carlos Semedo. “Nós temos dois concertos, um a abrir e outro a fechar o festival, no Cine Teatro Avenida. Teremos também espectáculos na Escola Superior Agrária, na Sé Catedral, Governo Civil de Castelo Branco e em
Belgais”.
A concluir, Carlos Semedo frisa o ciclo de cinema que decorrerá paralelamente ao Primavera Musical, com o CineCidade - Clube de Cinema de Castelo Branco. “Vamos trazer três filmes, entre os quais «Viagem a Lisboa» que conta com a participação dos Madredeus e de Rodrigo Leão”, diz. Aliás, a vinda do músico/compositor Rodrigo Leão a Castelo Branco, para a realização de uma pequena conferência ainda está a ser estudada. E como a cultura não toca só música, nem passa apenas cinema, o Conservatório terá patente, de 1 de Maio a 8 de Junho, uma exposição de pintura, que apresentará obras de António Romão.
A 30 DE ABRIL
Pedo Lynce visita UBI

O ministro da Ciência e Ensino Superior, Pedro Lynce, vai deslocar-se à Covilhã no próximo dia 30 de Abril para participar nas cerimónias das comemorações do 17º aniversário da Universidade da Beira Interior.
A iniciativa tem início às 14h30, com a recepção de convidados, seguindo-se a organização do Cortejo Académico a partir da Capela de São Martinho. Às 15 horas inicia-se a sessão no Anfiteatro das Sessões Solenes, com intervenção do Reitor da UBI e da presidente da Associação Académica. Segue-se a imposição insígnias doutorais, após o que se passará à entrega de medalhas a todos os funcionários que cumpram 20 anos de serviço ou que se tenham aposentado.
Na cerimónia haverá ainda tempo para proceder à entrega de prémios escolares e de bolsas de mérito, após o que intervirá o ministro da Ciência e Ensino Superior, Pedro Lynce. Depois da saída do Cortejo Académico, já cerca das 17h30, no Museu de Lanifícios, será inaugurada uma exposição de pintura subordinada ao tema Mulher, com trabalhos da autoria de Evelina Coelho. A terminar, será servido um porto de honra no bar da universidade.

PROGRAMA QUADRO DE
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Investigar para
desenvolver
Entrou já em funcionamento em Portugal o 6º Programa-Quadro de Ciência, Tecnologia e Inovação. São 17.500 milhões de euros para apoiar um sector em que subsistem atrasos. Este é, aliás, o instrumento financeiro mais relevante para fazer desenvolver a investigação no espaço da União Europeia.
A decorrer até 2006, reúne um vasto conjunto de acções, com o objectivo primordial da criação de um verdadeiro «espaço europeu de investigação», de modo a promover a integração e coordenação das acções de pesquisa que se desenvolvam na União.
Este 6º Programa-Quadro traz novos desafios aos participantes através da introdução de dois conceitos nunca antes inseridos, aos quais todas as candidaturas deverão prestar particular atenção: os projectos integrados e as redes de excelência, conforme se acentua nos instrumentos de implementação.
Em simultâneo, a investigação é fomentada, no sentido do reforço da competitividade e da inovação na Economia europeia. Outros dois objectivos deste incentivo são o da resolução dos problemas estruturais da sociedade e o de suportar a formulação e concretização de políticas da União Europeia de áreas diversas.
O 6º Programa-Quadro apresenta uma estrutura baseada em três eixos principais. Um deles respeita à orientação e integração da investigação comunitária. Um outro visa a estruturação do espaço europeu de pesquisa, reportando-se o último ao reforço das bases do espaço europeu de investigação.
O primeiro daqueles eixos contempla o grosso da “fatia” orçamental, com 11,3 mil milhões de euros (o equivalente a 65 por cento do total), direccionando-se para um conjunto de «prioridades temáticas», ou seja, áreas estratégicas ligadas a várias tecnologias.
As iniciativas a desenvolver apoiam-se em instrumentos de implementação, de que se destacam os projectos em parceria, as acções programadas e projectos dirigidos especificamente ao envolvimento das Pequenas e Médias Empresas.
O Ministério da Ciência e do Ensino Superior aposta forte neste instrumento, realçando também a relevância do Programa Operacional «Ciência, Tecnologia, Inovação». Este encontra-se integrado no III quadro Comunitário de Apoio que foi estabelecido com base no Plano de Desenvolvimento Regional, que se iniciou em 2000 e se prolonga até 2006.

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