
Guerra e Paz
No mês de todas as guerras o Ensino Magazine conseguiu viver momentos de profunda paz interior.
A festa do seu quinto aniversário envolveu amigos e colaboradores do jornal, gente que já faz questão de não faltar, porque isto dos jornais também se faz com grande apelo aos afectos e às cumplicidades.
O jornal vai longe, o jornal vai mesmo muito bem, tendo em conta que nem dá notícias de ministros que podem vir a ser indiciados como pedófilos, e as mais profundas razões do Estado para alinhar ao lado dos americanos também morreram nas prioridades da agenda dos editores.
Assim, gente feliz e sem lágrimas, perdoem-nos o plágio, recordou, por mais uma vez que isto de estarmos a ter sorte dá mesmo muito trabalhinho, mas que ninguém se queixa para levar o jornal a mais um distrito (e já lá vão 7) ou para ter um rasgo de ideia que nos ajude a aumentar a tiragem (e já lá vão quase 16000).
Sabemos que somos uma minoria teimosa, nunca esqueceremos que o Reconquista apostou neste projecto louco. Mas também sabemos que se o Ensino sai todos os meses isso já depende de uma equipa alargada de carolas que faz deste jornal uma mescla de dádiva, mas também do muito saber de todos os especialistas e colaboradores que, nesta casa, mensalmente se revêem.
Abordar os problemas do ensino, da educação, da cultura, do cinema, do teatro, dos multimédia é, hoje, uma tarefa apaixonante e complexa. Não só pela diversidade das abordagens, mas também porque se sabe que se está a escrever para um leitor que pertence, por si só, a uma minoria esclarecida.
Nestes contextos temos que reconhecer que não é fácil manter, ao longo de cinco anos, a qualidade a que habituámos os leitores, já que a tentativa de resvalar para o facilitismo por vezes é tentadora.
Pese embora essa circunstância, a informação que nos chega dos mais diversificados meios académicos e culturais é a de que o Ensino Magazine se apresenta como um projecto sólido, sóbrio, sério, isento, profundo, diversificado, plural, maduro e incapaz de ceder à mediocridade.
Por tudo isto repetimos que estamos em paz. Desde logo connosco, e, depois, com cada um dos nossos leitores, aos quais acabamos de lançar mais um desafio: o de se inscreverem no nosso Clube de Amigos. Aqui ao lado o jornal explica tudo o que há para fazer. Estamos crentes que vai ser mais uma grande iniciativa do Ensino que, desde logo nos vai permitir estar em contacto com centenas de novos leitores, sobretudo os que residem fora dos sete concelhos em que é distribuído o jornal.
Estamos em paz porque queremos estar ao lado dos protagonistas da verdadeira mudança no ensino e na educação. Estamos em paz porque tentamos ajudar professores e educadores a crescerem profissionalmente. Estamos em paz por sabemos que os estudantes são a única razão que alimenta e justifica a existência dos sistemas educativos.
Quem preferir a guerra, pelo menos este mês, não leia o Ensino Magazine. Sente-se calmamente no sofá da sala e vá-se passeando pelos vários canais de televisão. Até ao mês que vem. Em paz.

João Ruivo
ruivo@rvj.pt
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