Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº55    Setembro 2002

Politécnico

COM A BENÇÃO DE JORGE SAMPAIO

Marvão a Património Mundial

O presidente da República, Jorge Sampaio, considerou, no início deste mês, a candidatura de Marvão a Património Mundial como “uma oportunidade a não perder e uma ocasião decisiva para o desenvolvimento da vila”. Com estas palavras o Presidente da República veio reconhecer o trabalho desenvolvido pela equipa que preparou a candidatura daquela vila, onde estava integrado um docente da Escola Superior de Educação de Portalegre.

“Todo o trabalho realizado e projectado no âmbito desta candidatura trará as maiores vantagens à dinamização da vila de Marvão, do seu património natural, cultural e humano”, acrescentou. Jorge Sampaio falava no salão nobre dos Paços do Concelho de Marvão durante uma sessão solene na qual foi feito o ponto da situação da candidatura de Marvão a Património Mundial.

Para o chefe de Estado, “a vida económica será certamente beneficiada com os investimentos feitos na dinamização do património cultural”. Sampaio acrescentou que a candidatura de Marvão é mais um incentivo e um valor acrescentado para a Região de Turismo do Norte Alentejano, onde não faltam motivos de interesse, valores culturais e paisagísticos.

“Espero que o plano de acção e a candidatura a Património Mundial possam continuar a valorizar este conjunto único sem despovoar e descaracterizar esta jóia”, sublinhou Sampaio.

HISTÓRIA. Como o Ensino Magazine divulgou na altura, a vila de Marvão iniciou em 1998 o processo de candidatura a Património Mundial da UNESCO, mas não foi uma das opções do governo, que em Janeiro deste ano optou por candidatar a vinha da Ilha do Pico.

O processo envolve actualmente a elaboração de um Plano de Gestão do património da vila para juntar ao “dossier” da candidatura, que deverá ser entregue à Comissão Nacional da UNESCO na primeira semana de Dezembro.

Marvão, vila recortada por ruas estreitas de orientação incerta, demarcadas por um regrado casario branco, está “cercada” por uma cintura de muralhas seiscentistas, a mais de 850 metros de altitude.

Conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, recebeu o primeiro foral, concedido por D. Sancho II, em 1226. A sua importância como centro militar foi testada nos séculos XII e XIII e mais tarde serviu de “sentinela” atenta às disputas territoriais com Castela.

Entre o vasto património cultural consta o Castelo - Monumento Nacional -, uma importante e imponente obra da arquitectura militar, cuja actual configuração remonta, em grande parte, ao reinado de D. Dinis.

Destaque também para a Rua do Espírito Santo - Antiga Rua Direita -, onde ainda se conserva a casa do Governador, além dos ferros forjados em destaque nos varandins graníticos.

A Igreja do Espírito Santo, com um portado renascentista e uma janela Manuelina e o Pelourinho do século XVI (Imóvel de Interesse Público), fazem igualmente parte do património local, tal como o Convento de N.S. da Estrela, por onde passou a ordem dos Franciscanos.

 

 

 

INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

Oliveira fala no Brasil

O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Nuno Oliveira, acaba de participar no primeiro Encontro Luso-Brasileiro do Ensino Superior Politécnico. Uma iniciativa que decorreu no Recife, e onde o presidente do IPP apresentou uma comunicação sobre «os cursos de gestão no ensino superior politécnico português».

O evento serviu para proporcionar às instituições de ensino superior do Brasil uma maior integração e cooperação com as de Portugal. Por isso, no final realizou-se a assinatura de um protocolo de cooperação entre estabelecimentos de ensino superior dos dois países.

De referir que o encontro foi promovido pela Associação Nacional dos Centros Universitários e pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, com a intenção de promover a discussão de acordos operacionais e intercâmbios entre Brasil e Portugal.

FORMAÇÃO. O Instituto Politécnico de Portalegre e a Associação de Desenvolvimento Regional têm já em marcha o ciclo de acções de formação que vão desenvolver ao longo do presente ano lectivo. Assim, entre os dias 16 e 27 de Setembro decorre um curso sobre «gestão estratégica de vendas/compras», que será ministrado por Nicolau Almeida. Esta acção decorre nos serviços centrais do Politécnico e tem a por objectivos valorizar o serviço pós-venda; avaliar o mercado e captar as necessidades dos clientes; estabelecer objectivos específicos; e determinar o papel da Internet na Gestão Estratégica.

A quarta acção tem início no dia 1 de Outubro e prolonga-se até ao dia 11. Será ministrada nos Serviços Centrais e tem como responsável Paulo Canário, mestre em Ciências da Comunicação. Denominado Marketing Directo, este curso, cujas inscrições estão abertas até ao dia 20 de Setembro, pretende avaliar o modo como se podem fidelizar os clientes, construir bases de dados e como se podem transformar os objectivos das empresas/instituições em acções de comunicação.

 

 

 

Hospital de Elvas aguenta-se

O presidente da Câmara Municipal de Elvas, José Rondão Almeida, considera que o hospital da cidade manterá em funcionamento as especialidades que tem actualmente, dado que já recebeu garantias da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo de que “nenhuma das valências do Hospital de Santa Luzia de Elvas será encerrada, pelo menos a curto prazo”.

Rondão Almeida reuniu-se com a presidente da ARS do Alentejo, Ana Rosa Soeiro, na sequência do encerramento, a 01 de Setembro, do Serviço de Observação Especial, uma unidade de duas camas, criada em 1998, por ocasião da Expo de Lisboa.

Fonte da ARS do Alentejo confirmou à Agência Lusa que se mantêm em funcionamento todas as valências do hospital de Elvas, à excepção do Serviço de Observação Especial, encerrado no início deste mês.

“O hospital não corre qualquer risco, já que a ARS deu a garantia de que nenhuma das suas valências será encerrada”, incluindo o serviço de urgência e a maternidade, garantiu o autarca.

Contudo, Rondão Almeida mostra-se preocupado por o hospital não estar incluído na rede de referenciação hospitalar. O autarca considera que é “urgente fazer ver ao Governo que o Hospital de Santa Luzia de Elvas deve constar dessa rede. É necessário analisar o processo de referenciação que, no Alentejo, apenas integra os hospitais de Évora, Beja e Portalegre, esquecendo os de Elvas e Serpa”.

 

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