Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº55    Setembro 2002

Dossier

JUNTA DE FREGUESIA DE IDANHA-A-NOVA

Do turismo ao ensino

A Junta de Freguesia de Idanha-a-Nova vai estar presente na Feira Raiana. Isso mesmo garantiu ao Ensino Magazine, o seu presidente, António Lisboa. Um responsável que considera a realização do certame pela sua vertente turística. “Vamos apostar na promoção da parte antiga da Vila e as novas estruturas, de forma a provocar um contraste entre as duas realidades que aqui temos. Além disso, procuraremos ter um papel de informadores dos visitantes, através da divulgação dos serviços de restauração e de visita de Idanha-a-Nova”.

De acordo com António Lisboa, a Feira Raiana vai trazer “benefícios para a sede de concelho. Provavelmente, muitos deles serão alcançados a longo prazo, mas o evento irá cumprir os seus objectivos, pelo que se espera a visita de milhares de pessoas”. 

Ao estar instalada na sede de concelho, as tarefas da Junta de Freguesia de Idanha-a-Nova não são muito visíveis. “Neste momento já temos a Junta de Freguesia aberta os cinco dias por semana, com o horário de atendimento normal. Além disso, temos colaborado com a autarquia na limpeza de jardins e ruas, e este ano já arranjámos a zona da Senhora dos Caminhos, estando a aguardar a assinatura do protocolo com a autarquia para limpeza do largo da Igreja”.

Tal como Álvaro Rocha, o presidente da Junta de Freguesia considera importante a presença do ensino superior em Idanha. “Muitos dos jovens que aqui tiraram os cursos conseguiram empregar-se cá, alguns constituíram família e acabaram por ficar cá a residir”. António Lisboa adianta: “A Junta tem apoiado a escola, através da associação de estudantes. Um apoio que é também extensivo a todas as outras escolas da freguesia, desde o 1º ciclo ao ensino secundário”.

 

 

COM ACREDITAÇÃO DA CTOC

Superior de Gestão cria Gabinete

A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESG) vai criar um gabinete de contabilidade virtual, que permitirá aos alunos executarem um estágio como se estivessem a fazê-lo num gabinete de contabilidade. A novidade foi anunciada ao Ensino Magazine pelo director daquela instituição, João Ruivo, numa semana em que a ESG volta a estar em destaque na Feira Raiana, que se realiza até ao próximo dia 22 de Setembro em Idanha-a-Nova.

“Nesse gabinete os alunos vão ter que efectuar todos os procedimentos como se estivessem a desempenhar funções num Gabinete de Contabilidade. Trata-se de um espaço que será acreditado pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas e que evitará os estágios profissionais tutelados”, explica João Ruivo, que adianta ter iniciado contactos com a Universidade de Aveiro, estando de pé a hipótese do gabinete funcionar em sintonia com aquele estabelecimento de ensino. No entanto, aquele responsável não rejeita a hipótese da Escola Superior de Gestão avançar sózinha nesse ambicioso projecto, pelo que esse aspecto também está a ser tratado.

Aquela é uma das novidades que a Escola Superior de Gestão vai apresentar no curto prazo, num ano que marca, pela positiva a instituição com a abertura de duas novas licenciaturas, Marketing e Recursos Humanos, que se vão juntar à de Contabilidade e Gestão Financeira. O director da ESG parte para o novo ano lectivo optimista e com o sentido de “ter feito tudo o que estava ao alcance da nossa equipa, para dignificar a oferta de formação e projectar a escola no mercado da educação. Por isso, vimos o nosso esforço recompensado com a abertura dos novos cursos. 

João Ruivo espera agora pela colocação dos novos alunos e acredita que se realizará um trabalho muito positivo. “Esperamos ter um crescimento moderado no número de alunos, numa altura que é de crise. Temos uma equipa docente com professores qualificados em todas as áreas da formação aqui ministrada, o que garante uma formação de excelência”, explica, enquanto adianta que a Escola “vai avançar com a reformulação do curso de Contabilidade e Gestão Financeira, de modo que em sintonia com a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, fique a ser ministrado em apenas quatro anos”.

Presente na Feira Raiana, a Escola Superior de Gestão tem sido um dos trunfos daquele concelho para o desenvolvimento de uma Região que continua a desertificar-se. Neste aspecto, João Ruivo salienta “a sintonia que existe entre a escola e a autarquia no sentido de valorizar a escola como pólo de desenvolvimento do concelho”.

 

 

 

PROGRAMA EM FASE DE RENOVAÇÃO

"Iniciativa" mostra Idanha ao País

Mostrar as profissões que têm «riscos de sucesso» é o que se propõe o programa “Iniciativa” que o segundo canal da RTP apresenta aos sábados, entre as 12 e as 14 horas. A rubrica pretende revelar os meandros de profissões como as de actores, escritores e treinadores de futebol da 3ª divisão, que são bastante instáveis e mal pagas, em grande parte dos casos.

O êxito pode chegar mas até lá há muitos riscos, nomeadamente em termos de falta de segurança laboral. Este “novo olhar” é apenas uma das inovações do referido programa apontadas ao «Ensino Magazine» por Amílcar Malhó, Coordenador de Conteúdos e co-apresentador do “Iniciativa”, para alem de membro da Duvídeo, a produtora das emissões.

Idanha-a-Nova vai ser paragem obrigatória do programa, que prestará uma atenção particular às relações transfronteiriças bastante intensas neste concelho raiano. Mas, outros aspectos estarão em foco, nomeadamente o esforço do município em combater a desertificação e o atraso comum a grande parte dos concelhos do interior do país. «Sabemos que Idanha-a-Nova está a apostar no desporto de aventura, no património local e no reforço do intercâmbio com a vizinha Espanha, com vantagens mútuas, pelo que constitui um bom exemplo a ser apresentado no programa», realçou.

De Norte a Sul de Portugal, há muitas câmaras municipais a solicitarem a presença do “Iniciativa” nas respectivas zonas. Para Amílcar Malhó, este facto demonstra a boa aceitação que o programa tem tido, o que é confirmado pela audiência que se situa na média do canal 2 da RTP ou até ligeiramente acima.

Em “maré” de mudanças, o “Iniciativa” possui agora um grafismo «mais aberto, leve e jovem». Uma modificação aconselhável depois de 2 anos e meio de emissões consecutivas (o que é um tempo considerável, em televisão). Uma outra novidade é o surgimento de uma bolsa de emprego e formação.

O programa «vai contar histórias de pessoas que constituem bons exemplos profissionais», para além de «informar os cidadãos comuns dos direitos que têm e que, muitas vezes, não sabem», conforme explicou.

«As pessoas, umas vezes por desconhecimento, outras por comodismo, não tomam iniciativas de âmbito profissional que, em última análise, seriam benéficas não apenas para elas próprias, mas também para o próprio desenvolvimento do país; o programa quer contribuir para que adoptem uma atitude mais activa e participativa», sublinhou aquele responsável.

Seja como for, as regiões continuarão a merecer uma abordagem dos pontos de vista económico, social e das potencialidades locais, sem esquecer a vertente política, expressa através das habituais entrevistas aos presidentes das câmaras.

Nesta nova fase da sua vida, o “Iniciativa” vai apresentar um conjunto de indicadores sobre a situação de cada sector de actividade da economia nacional, anunciou ao nosso jornal, o Coordenador de Conteúdos do programa. Dados que, segundo afirmou, são de grande relevância e estão perfeitamente enquadrados na filosofia básica do programa.

Por outro lado, os jovens vão poder participar activamente nas emissões, já que em cada uma dois deles terão a oportunidade de conhecerem como se faz um programa de televisão, falar com os respectivos apresentadores e, entre outras hipóteses, perguntar aos operadores de câmara como se trabalha com tão enigmáticas “máquinas”. Esses jovens «vão ser desafiados a criticarem o programa dizendo o que pensam que está bem e o que consideram de mais negativo». Tal como salientou Amílcar Malhó, «pretende-se despertar, mesmo que de forma embrionária, o espírito crítico da nova geração», fazendo, jus, afinal, à filosofia-base do programa: levar as pessoas a tomarem a iniciativa.

A comunicação social regional vai também estar em foco, uma vez que, regra geral, «é extremamente relevante no processo de desenvolvimento das diversas áreas do país».

De resto, as emissões prosseguirão na senda de mostrar o país ao país, apresentando a gastronomia, o artesanato, as tradições locais, a cultura de cada zona, exactamente tudo aquilo que normalmente não “passa” nos blocos noticiosos das estações de televisão e que também (sobretudo?) compõem Portugal.

Acompanha Amílcar Malhó na apresentação do programa Mário Figueiredo, profissional reconhecido dos media, que leccionou na Universidade Nova de Lisboa na Licenciatura em Comunicação Social e é, actualmente, director da Rádio Ocidente e do jornal «A Pena» do concelho de Sintra.

Em Idanha-a-Nova, como no resto do país, o programa promete revelar as iniciativas locais exemplares e, com isso, estimular a que outros se aventurem a avançar por elas próprias na construção do seu futuro profissional.

Jorge Azevedo

 


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