Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº56    Outubro 2002

Universidade

SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA

Medicina em debate

Reflectir sobre a saúde integral do adolescente foi o principal objectivo do I Congresso da Secção de Medicina do Adolescente da Sociedade Portuguesa de Pediatria que se realizou, entre os dias 16 e 18 de Outubro de 2002, no Auditório da Universidade de Évora.

Este I Congresso foi associado ao XIV Encontro do Comité de Adolescência da Associação Latino-Americana de Pediatria, e contou com a presença de médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, estudantes de medicina, de enfermagem, de psicologia e outros profissionais ligados à saúde do adolescente. Os temas abordados foram os seguintes: A Prevenção da Gravidez na Adolescência, A Adolescência na Pediatria, a Saúde Mental na Adolescência, O Adolescente e o Risco, O Adolescente e o Corpo. Durante o evento os participantes tiveram, ainda, a oportunidade de realizar um Curso subordinado ao tema “Prevenção da Gravidez na Adolescência”.

A Presidente do Congresso, Helena Fonseca considerou que a iniciativa “constituiu uma oportunidade única para a discussão das necessidades especificas da saúde dos adolescentes e da adequação do tipo de cuidados nas várias áreas de intervenção”.

Refira-se que a Secção de Medicina do Adolescente da Sociedade Portuguesa de Pediatria tem apenas dois anos de existência.

Noémi Marujo

 

 

 

MUSEU DE LENIFÍCIOS DA UBI

O melhor do País

A Associação Portuguesa de Museologia acaba de distinguir o Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior como o melhor do País. O prémio “Melhor Museu” foi atribuído sem haver qualquer candidatura por parte do Museu de Lanifícios, situação que deixou a directora do Museu, Elisa Pinheiro muito satisfeita, tendo considerado que “o prémio reflecte o trabalho desenvolvido ao longo do triénio 1999-2000”.

A directora do Museu salienta a importância do projecto Arqueotex aprovado pela Comunidade Europeia e coordenado pela UBI. O principal objectivo desta iniciativa prendeu-se desde o seu começo com a criação de uma rede de informação sobre o património industrial têxtil a nível europeu.

Apoiado neste projecto, o Centro de Documentação e Arquivo Histórico do Museu de Lanifícios tem disponível para consulta de investigadores, alunos, designers e todos os interessados, a Base de Dados e Imagens Arqueotex. Ali pode encontrar-se uma extensa colecção de diversos tipos de artigos. O facto de se tratar de um Museu Universitário que tem como principal objectivo preservar os lanifícios tão característicos da Covilhã teve, no entender de Elisa Pinheiro, o seu peso na atribuição deste prémio.

O Centro de Documentação é uma componente essencial do Museu de Lanifícios. Ainda não está aberto ao público em geral, mas a situação será alterada com a mudança para as novas instalações. Está a nascer um novo núcleo museológico na antiga fábrica “Real Mendes Veiga”, junto à Ribeira da Goldra. O Arquivo Histórico vai assim ocupar instalações criadas de raiz para o efeito, uma vez que o espaço ocupado actualmente já não consegue responder às necessidades. O novo espaço visa também constituir o Centro de Interpretação do Eco-Museu de Lanifícios da Região da Serra da Estrela.

O Museu de Lanifícios da UBI situado na antiga Real Fábrica de Panos abriu as portas a 30 de Abril de 1992. À excepção das segundas feiras, está aberto todos os dias entre as 9 e as 12 horas e entre as 14h30 e as 18 horas.

Catarina Rodrigues

 

 

 

VERA COSTA FALA SOBRE MARKETING

Uma questão de imagem

“A UBI é um belíssimo produto mas não tem imagem de marca a nível nacional”, apesar de ser “um produto bem implementado, e bem marketizado localmente”. A afirmação é de Vera Costa e foi proferida durante uma conferência realizada na UBI no passado dia 10, a qual teve como tema de fundo papel fundamental da imagem nos dias que correm.

Para aquela publicitária, detentora de um já vasto percurso pelo marketing em termos nacionais, a vantagem em projectar a imagem da UBI a nível nacional seria um benefício para os alunos que aqui se formam. “Sabemos que se a imagem tiver uma boa projecção nacional, ter uma licenciatura na UBI é uma mais valia”, refere.

Sobre a relação dos portugueses e das empresas portuguesas com o marketing, Vera Costa acredita que os portugueses são “maus a planear” mas “peritos em tudo o que é improviso”, refere e acrescentando que para trabalhar uma boa imagem de marca é “absolutamente necessária uma planificação dessa imagem”.

Vera Costa defende que num universo comercial, se as empresas têm um destinatário, têm de ser conhecidas e têm de ter uma imagem. “Por trás do conhecimento há sempre uma representação mental do que é essa empresa. Portanto a imagem é absolutamente essencial, mesmo que seja uma imagem a nível regional, por exemplo”, salienta.

Quanto à crise no sector têxtil regional, Vera Cruz refere dois aspectos que considera fundamentais. Por um lado a perda de competitividade pelo baixo índice de produtividade nacional e pela concorrência de regiões como a Ásia e a Europa Central em termos de mão de obra mais barata e, por outro a falta de criação por marcas.

“Não há marcas portuguesas no sector têxtil. Produzimos os tecidos, exportamos, mas sem marca. Compramos roupa no estrangeiro e depois vemos a etiqueta e diz made in Portugal. Mas a rentabilidade da venda desse produto, não está no fabrico do produto em si, mas sim na venda ao consumidor. E esse diferencial a favor da empresa que tem a marca, é o que dá o lucro e é enorme”.

Ana Maria Fonseca

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