PORTALEGRE
Instituto lança livro
e anima cidade
O Instituto Politécnico de Portalegre acaba de lançar o primeiro livro de uma colecção que se espera venha a ser bastante vasta e rica em termos pedagógicos e literários. Humanização da Técnica assim de intitula o livro da autoria de Mário Freire, que o Instituto lançou no início deste mês.
A apresentação da obra esteve a cargo de Meira Soares, e o livro é o primeiro da colecção que o Politécnico designou por Largo da Sé. Uma colecção que visa editar trabalhos da autoria de personalidades e autores que estiveram ou estão ligados ao Instituto.
ESE. A Escola Superior de Educação de Portalegre, com o objectivo de valorizar e promover a cultura da profissionalidade docente acaba de realizar o III Encontro de Alunos dos Cursos de Educação de Infância e de Professores do 1º Ciclo. De acordo com a organização, o encontro teve como tema «gerir o currículo, construir as práticas. A iniciativa dividiu-se por dois dias. O primeiro, 4 de Junho, teve o enfoque nas 340 crianças dos jardins de infância e escolas do 1º ciclo, que cooperam na prática pedagógica dos 4º anos dos referidos cursos, tendo-se realizado ainda um percursos pedagógico que incluiu diversos ateliers temáticos, animando desta forma a cidade de Portalegre.
Para o último dia, a ESE de Portalegre organizou painéis e conferências subordinadas ao tema, bem como a mostra de trabalhos e projectos desenvolvidos pelos alunos da prática pedagógica, exposição e venda de livros e materiais didácticos.
CAFÉ. Sai um Politécnico. Não é assim que se pede um café, mas é assim que se pode pedir um pacote de açúcar nos estabelecimentos que comer-cializam os Cafés Delta. Isso mesmo, com o intuito de promover a sua imagem, o Instituto Politécnico de Portalegre e aquela empresa de café, chegaram a um acordo e os pacotes de açúcar trazem, desde Abril a imagem doce do Instituto de Portalegre. Mas a aposta do Politécnico em acções de Marketing não se fica por aqui e em diferentes zonas da cidade apareceram outdoors para divulgar o Instituto e as suas respectivas escolas.
ELVAS. As docentes Noémia Farinha e Orlanda Póvoa acabam de apresentar na PIMEL, um dos projectos em que estão envolvidas: “Etnobotânica - o uso e a gestão das plantas aromáticas e medicinais e a sua utilização sustentável como contributo para a valorização do meio rural na área do Alentejo”. Esta apresentação será feita no âmbito do I Colóquio sobre Plantas Aromáticas e Medicinais.
CURSOS. A ESAE propôs ao Ministério da Educação, em Dezembro de 2001, mais dois novos cursos superiores: Enfermagem Veterinária (bacharelato) e Engenharia do Ambiente (Licenciatura Bi-etápica). Saiba mais sobre as saídas profissionais, plano de estudos, condições de acesso e outras informações destes dois novos cursos.
TEATRO. A Companhia de Teatro de Portalegre retoma a 27 de Junho o espectáculo “Palavras de António Tabucchi”, com leitura de Adriano Bailadeira. O espectáculo está integrado numa iniciativa denominada “Palavras”, coordenada por quatro actores da companhia que lêem e encenam poesia e drama com o objectivo de divulgar textos de vários autores. “Palavras de António Tabucchi” vão voltar a ser apresentadas no dia 27 e a 5 e 12 de Setembro, no Convento de S. Francisco, na cidade de Portalegre.

Fórum em Beja
O Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico do Politécnico de Beja organizou, no dia 6 de Junho, o II Fórum de Investigação e Intervenção Psico-Pedagógica no Ensino Superior, o qual teve como tema Comunicação e Dinâmicas Psicopedagógicas em Situações Educativas, e cujos objectivos principais passaram por possibilitar uma reflexão sobre as dinâmicas comunicacionais e as práticas psicopedagógicas, compreender os factores que determinam a motivação, aprendizagem, qualidade de vida e êxito académico dos estudantes, e promover o diálogo aberto, inovador e construtivo sobre a problemática da relação pedagógica.
Em discussão estiveram assuntos como o facto de no contexto contemporâneo do Ensino Superior se constatar hoje que a diversidade dos estudantes e a especificidade das instituições deverão estar cada vez mais em sintonia. É assim relevante focalizar a nossa atenção nos processos de comunicação, adaptação, motivação, desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes para participar de modo activo e assertivo na construção de vivências académicas gratificantes promotoras de bem-estar e conducentes a profissionais de sucesso.
A compreensão dos factores intervenientes e o conhecimento dos processos de integração, socialização, envolvimento no curso e desenvolvimento de carreira dos alunos passam por considerar as variáveis que se centram no próprio estudante, no curso, na preparação científica e psicopedagógica dos docentes e do tipo de instituição que se frequenta. Na realidade, é preciso conhecer os factos e procurar as variáveis que os determinam, de modo a desencadear uma intervenção consciente e responsável que conduza a bom porto a vida académica dos estudantes.

CURSOS TECNOLÓGICOS EM
ANÁLISE
Actualização é o
desafio
As escolas que ministram cursos na áreas das tecnologias precisam de ter nos seus quadros profissionais das empresas do sector, de forma a não permitir que o curso se desactualize. É que a evolução no sector é muito rápida e a escola tem de responder às necessidades das empresas, mas se os conteúdos leccionados não mudam à medida que a tecnologia avança, corre-se o risco de formar alunos com anos de atraso, pelo que depois têm dificuldade para entrarem no mercado de trabalho.
A opinião é de Mário de Freitas e Pedro Braumann, quadros de empresas e docentes do Superior, que estiveram em Castelo Branco este mês para participarem no debate “Sociedade do Conhecimento versus Formação Nacional”, o qual foi organizado pelos finalistas do Curso de Engenharia Electrotécnica da Superior de Tecnologia.
Mário de Freitas lecciona actualmente uma cadeira do último ano de Electrotécnica na EST e considera que o país tem de saber as suas reais necessidades em termos de formação. No caso das telecomunicações, pressupõe que haja formação cruzada entre Engenharia, Direito e Gestão, para que os diferentes profissionais de cada um destes ramos base tenham uma noção das outras duas áreas, facilitando a sua integração. Mais importante será porém saber quantos profissionais são necessários.
“No caso das telecomunicações é difícil prever a um prazo superior a dois anos. Mas como o curso do Politécnico é bi-etápico, é possível fazer projecções”. Para facilitar a tarefa, Mário de Freitas propôs o jantar-debate, o qual reuniu alunos, professores e quadros de empresas, de modo a saber-se que engenheiros são necessários, com que formação, e quando. Deu-se assim o pontapé de saída para um diálogo que poderá auxiliar todos, sobretudo os alunos, que terminam cursos e querem trabalhar.
CURRICULA. Ora, se as empresas avançam tecnologicamente mais depressa que as escolas, Mário de Freitas considera que “as empresas devem ter uma palavra a dizer em relação aos curricula dos cursos. As empresas devem poder explicar a formação que precisam ter os engenheiros a contratar, mas tem de assumir o compromisso de os contratar após essa formação. Não se pode ir é apenas por protocolos de que não resulta nada de prático”.
Na sua opinião, as próprias políticas das empresas e das instituições de ensino superior devem ir no sentido de estarem em contacto entre elas, numa estratégia de combater a desertificação, formando os quadros necessários, permitindo assim que se mantenham na região. “Hoje diz-se que há cursos com poucos alunos, sobretudo no Interior. Ora, se os alunos, apesar de estudarem aqui, têm depois de ir trabalhar para o Litoral, certamente que vão logo estudar para o Litoral e adaptam-se ao meio”.
Importa porém definir de que forma é que as empresas e as instituições de ensino superior se entendem relativamente a esta matéria. “Para Pedro Braumann “esta é uma questão de fio da navalha. As empresas estão mais preocupadas com o curto prazo, a seis meses ou a um ano. A universidade tem de pensar a quatro ou cinco anos, o tempo que leva a formar os alunos numa área. Logo, se perguntar às empresas o que precisam para o ano, arrisca-se a formar quadros desnecessários”.
Outra possibilidade de ligar os alunos ao mercado de trabalho poderá passar pelos centros incubadores de empresas. “Não se pode pensar apenas que os alunos acabam os cursos e vão procurar emprego. Depois será também necessário ir buscar professores às empresas, não só para a escola não se desactualizar, mas para que os professores entendam melhor o funcionamento das empresas”.

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