Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº54    Agosto 2002

Universidade

UNIVERSIDADE DE ÉVORA

Alunos querem formação necessária

Alunos da Universidade de Évora (U.E.) esperam da instituição uma formação necessária que vá ao encontro das necessidades actuais do mercado de trabalho. Esta foi uma das conclusões que a Pró-Reitoria para a Avaliação retirou de um estudo sobre os alunos admitidos, nesta instituição, no ano lectivo de 2001/2002.

Os objectivos do referido estudo, que foi divulgado no corrente mês, passaram essencialmente pela caracterização sócio-económica dos ingressados nesta universidade, pela determinação da sua origem geográfica, pelo conhecimento das razões que conduziram estes alunos ao ensino superior, pelos motivos que os levaram a incluir a Universidade de Évora e a licenciatura em que ingressaram entre as seis opções que lhes eram permitidas e, por último, pelas suas expectativas em relação ao estabelecimento que os recebeu. Para cumprir estes objectivos, a Pró-Reitoria para a Avaliação da Universidade de Évora aplicou um inquérito por questionário aos 956 alunos admitidos, no ano lectivo de 2001/2002.

Assim, e segundo o estudo, este estabelecimento de ensino, no ano lectivo de 2001/2002, atraiu uma população estudantil essencialmente constituída por elementos do sexo feminino (62%), com idade inferior a 20 anos. Refira-se, ainda, que 96 % dos alunos admitidos são de nacionalidade portuguesa. Apenas 4 % dos estudantes são de nacionalidade estrangeira, onde mais de metade são oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). 

No que diz respeito ao desempenho académico dos ingressados, o relatório refere que 21% dos alunos já se tinham candidatado ao ensino superior, em anos anteriores, sem terem conseguido ingressar ou sem terem ingressado na licenciatura e/ou na universidade que pretendiam. Para 79% dos estudantes, esta foi a primeira vez que se candidataram. 

Relativamente aos motivos, escolhas e expectativas o estudo adianta que 45,7% dos alunos admitidos, nesse ano lectivo, candidataram-se ao ensino superior, após a conclusão do ensino secundário, acreditando que esta é a via que lhes possibilita, no futuro, “o acesso a um bom emprego”. O “gosto pelo estudo” e a “consciência da necessidade de formação”, também, constituíram motivos de candidatura para muitos estudantes. 

A escolha pela Universidade de Évora foi influenciada, na maior parte dos casos, pela opinião da família e pela opinião dos amigos. A documentação sobre o estabelecimento de ensino também pesou na decisão de um número considerável de estudantes. Saliente-se que, segundo o referido relatório, a intenção de ingressar única e exclusivamente nesta instituição foi demonstrada, apenas, por 15% dos alunos (122 em 807 respostas válidas). Para os restantes 685, o objectivo era o ingresso no ensino superior ou em determinado curso, quer fosse nesta universidade ou noutra qualquer.

O estudo revela, ainda, que a maioria dos alunos (40,3%) se candidatou à U.E. devido à sua localização geográfica. A média de acesso do curso pretendido também foi motivo de escolha para 32,3% dos estudantes. A qualidade do ensino fundamentou a escolha de 22,6% dos estudantes, o que reflecte uma imagem positiva da instituição a potenciais interessados. 

No que concerne às expectativas em relação à universidade, 47,1% dos inquiridos (450 alunos) esperam que a instituição lhes ministre a “formação necessária à sua vida profissional”. 29,3% (280 alunos) pretendem que a universidade seja “uma instituição que zele pela sua formação académica” e 23,6% (226 alunos) esperam, por parte da instituição, a “garantia de um bom emprego”.

Noémi Marujo

 


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt