FERNANDO RAPOSO ESTÁ
CONFIANTE
Esart abre em grande

A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco pretende continuar e incrementar este ano a realização de concertos com carácter regular. A garantia é do seu director, Fernando Raposo, segundo o qual vai decorrer, já de 29 de Outubro a 3 de Novembro, um estágio de Orquestra orientado por Gerard Doherty, violinista e maestro da Royal Scottish
Orchestra.
Este estágio insere-se na actividade curricular do Curso Superior de Música, na Variante de Instrumento e insere-se numa política de estender convites a maestros “para que os alunos tenham o maior número de experiências possível com pessoas ligadas a orquestras, dado que, desse modo, valorizam a sua formação e as aprendizagens feitas terão um sentido mais útil”.
A iniciativa termina com a realização de dois concertos, um a 2 de Novembro, no Cine-Teatro em Castelo Branco e que se inclui na Cultura Politécnica e um segundo no dia 3, que acontecerá num concelho do Distrito ainda a definir.
Fernando Raposo adianta ainda que está a ser preparado um Curso Livre de Direcção de Orquestra, a iniciar nos primeiros dias de Dezembro, o qual contará com a presença da maestrina Joana Carneiro e será destinado a alunos do superior, bem como a finalistas do Ensino Secundário.
Aquele seminário culminará com a realização de dois concertos, mas as novidades não ficam por aqui. “Este ano vamos avançar com um curso livre de direcção de Orquestra, no qual estará o maestro Osvaldo Ferreira, que este ano dirigiu a Orquestra Nacional do Porto durante o Verão, e a Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian em Setembro”, adianta Fernando Raposo, segundo o qual Osvaldo Ferreira estará de já em Castelo Branco, a 4 de Novembro, para dirigir a Orquestra da Gulbenkian, que actua nesse dia no
Cine-Teatro.
Já o curso livre de Orquestra irá decorrer em quatro momentos, o primeiro de 1 a 3 de Dezembro, o segundo no Carnaval e o terceiro em Maio Os destinatários serão sobretudo aos músicos que já possuam bacharelato ou licenciatura na área de composição ou do instrumento. Graus académicos para onde estão a avançar os alunos da Esart cujo número cresceu este ano para cerca de 180, entre os cursos de Design Moda e Têxtil, Artes da Imagem e ainda nas diferentes áreas do Curso de Música.
E foi sobretudo na área da Música que este ano mais se notou, pelo menos até ao momento, em termos de procura. Só na primeira fase do concurso local de acesso, que inclui provas de formação musical, história da música e execução instrumental, inscreveram-se 45 candidatos, tendo sido seleccionados 15. Um número que cresceu até 20 devido a transferências e a entradas da 2ª fase.
Ao mesmo tempo, cresceu também o número de docentes, sendo que alguns dos novos contratados pertencem à Orquestra Gulbenkian, Orquestra Filarmónica Portuguesa (Lisboa) e à Orquestra Nacional do Porto. “A procura dos cursos de música poderá estar relacionada precisamente com a política de recrutamento de docentes, a qual tem dado prioridade aos instrumentistas de orquestra e aos solistas com carreiras relevantes e logo, com provas dadas”, afirma Fernando
Raposo.
FRANCISCO LUCAS TEM META
PARA A EST
Qualificar corpo
docente

Francisco Lucas, director da Escola Superior de Tecnologia, considera que a instituição que dirige está-se a aproximar do número de alunos previsto. “Neste momento todos os cursos estão a formar licenciados, pelo que a nossa aposta agora passa por consolidar o trabalho desenvolvido”. Com 1400 alunos, a EST além da consolidação do trabalho efectuado pretende também melhorar o seu corpo docente. “Vamos fazer uma grande aposta na qualificação dos nossos docentes, prestando-lhes mais apoio”, explica Francisco Lucas.
O excelente nível de saída que os alunos da Escola têm para o mercado de trabalho é também salientado pelo director da EST. “Praticamente todos os alunos que concluem os cursos na escola, nas diversas engenharias que temos disponíveis, tem lugar no mercado de trabalho, muitos deles conseguem mesmo chegar a lugares de destaque nas entidades em que são admitidos”. Além desse aspecto que considera de muito positivo, Francisco Lucas sublinha também o facto da “escola ter aproveitado os melhores alunos para progressão académica. Na altura em que saíram os primeiros alunos com bacharel, alguns entraram como encarregados de serviço, e hoje, já com a licenciatura entraram para docentes da escola”.
Com cerca de 1400 alunos, a Escola Superior de Tecnologia tem desenvolvido diversos protocolos com entidades regionais, de forma a prestarem também um serviço à comunidade. “Recentemente foi feito na escola um sistema de detecção de falsas partidas para o Europeu de Autocross realizado pela Escuderia de Castelo Branco. Além disso temos procurado incentivar a investigação científica na escola, envolvendo também os alunos”. E a investigação na EST não poderia estar a correr melhor, já que recentemente um sistema informático de linguagem gestual, desenvolvido por Arminda Guerra (professora na escola), João Valente (assistente na escola) e David Nunes (aluno finalista) venceu o concurso internacional Imagination 2001, integrado na «European Conference on Speech Communication and Tecnology». Um prémio que Francisco Lucas considera que espelha também o “esforço que tem vindo a ser feito na escola na área da investigação”.
Além de consolidar o trabalho que tem sido desenvolvido, Francisco Lucas garante que a escola poderá avançar com cursos de formação contínua. Quanto ao facto do número de entradas de novos alunos para alguns cursos ter ficado
aquém das expectativas, aquele responsável refere que “este ano a escola colocou nota mínima de acesso e que houve candidatos que optaram por outras escolas que ainda não exigem essa nota. De qualquer modo, considero que a segunda fase vai corrigir as
assimetrias”.

RAQUEL PINHEIRO
Música dá prémio

A Escola Superior de Artes Aplicadas é uma das mais novas do Politécnicos, pelo que ainda não tem alunos diplomados. No entanto, há alunos que de uma forma ou de outra se têm vindo a destacar. Exemplo disso é Raquel Pinheiro, aluna do curso de música da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), que este ano venceu o 3º Concurso Internacional de Arcos Júlio Cardona. Uma iniciativa que se realizou, na Covilhã, onde participaram 40 jovens. “Há dois anos também tinha participado no concurso, passei à final mas acabei por não ganhar. Este ano era o último em que podia participar, já que limite de idades é 18 anos, pelo que decidi inscrever-me”, refere Raquel Pinheiro.
Apesar de jovem, Raquel Pinheiro apresenta um currículo importante na sua formação. “Participei em diversos seminários de orquestra, com maestros como Leornardo de Barros, Luís Cipriano, António Oliveira e Silva, Arnauld Allum, Ernest Shell ou Cristopher Bachnan. Além disso integrei estágios fora do País, através da Epabi”, explica. A acrescentar aos estágios, estão também os concertos onde participou, não só em Portugal, como em Itália, Espanha e França.
Ligada à música desde os 11 anos, e depois de ter estudado na Epabi, na Covilhã, onde também foi acompanha por um dos seus professores no momento, Rogério Peixinho, Raquel Pinheiro, sublinha que “quando fiz as provas de acesso ao ensino superior estava decidida em vir estudar para Castelo Branco. Aliás só concorri para a Esart”. Uma aposta que a está a deixar satisfeita, pois considera que a “escola tem um bom ambiente”. No futuro, os seus objectivos passam por concluir o curso, depois quem sabe se o ensino da música será uma aposta, ou se o sonho de tocar a solo numa orquestra será
concretizado.

L PINHEIRO
Música dá prémio

José Marques, de 27 anos, natural da Figueira da Foz, foi um dos primeiros alunos a integrar o Curso de Engenharia da então Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que veio dar origem às escolas Superior de Tecnologia e à de Gestão. “Na época ainda tínhamos aulas na Escola Agrária, pois o edifício da EST ainda não estava pronto”. Hoje, com o bacharelato em engenharia civil e a concluir a licenciatura, José Marques prova que os cursos da Superior de Tecnologia têm saída. “Neste momento exerço funções de responsável do departamento de fiscalização e coordenação da empresa ACESTRADA, que está a construir parte da Auto-Estrada da Beira Interior”.
Depois de um ano a elaborar projectos a título individual, José Marques, tem um trabalho relacionado com a fiscalização das obras, no troço entre as Mouriscas e Castelo Branco. Mas as ambições do jovem estudante passam por chegar mais longe. “Para já tenciono concluir a licenciatura, mas em termos profissionais gostaria muito de exercer funções de director de obras”.
Ainda a viver em Castelo Branco, uma cidade da qual tem gratas recordações, José Marques acredita que um dia vá trabalhar para mais perto de casa. “Quando sair daqui vou ter saudades das pessoas, que são muito acolhedoras, e dos meus amigos. Quando entrei para Castelo Branco pensei pedir transferência para Coimbra. Mas após um ano de estudo optei por ficar, isto apesar de na altura a escola dar os primeiros passos”. Quanto ao curso, José Marques, diz ter correspondido às expectativas. Mas como manda a tradição, nem só de estudo vive o bom estudante, e José Marques fez parte de diversas equipas que dirigiram a Associação de Estudantes da EST, foi membro da ESTuna e da Comissão de
Praxe.
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