Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano IV    Nº40    Junho 2001

Geral

OCASTELO BRANCO

Etepa forma mais 38

A Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense está boa e recomenda-se. Pelo menos é esse o sentir da sua directora, Olga Preto, que está satisfeita com a qualidade de formação e com os níveis de empregabilidade conseguidos pelos alunos. Só no final deste ano lectivo deverão sair mais 38 alunos formados nas áreas de comunicação e relações públicas, por um lado, e na de artes gráficas, por outro.

A Unidade de Inserção na Vida Activa que funciona naquela escola já está a encaminhar esses alunos para estágio, os quais vão ser realizados em Castelo Branco, mas também nas zonas de Idanha, Fundão e até em Lisboa, onde alguns alunos têm condições de alojamento, pelo que se estabeleceram protocolos com empresas daquela região.

Com a realização dos estágios, a Etepa espera manter ou até aumentar os níveis de empregabilidade dos seus formados, a qual chega neste momento aos 70 por cento. “Às vezes as empresas solicitam-nos alunos formados e por vezes temos que ir às listas dos formados de anos anteriores, sendo por vezes difícil encontrar alguém disponível”, refere a directora da Etepa.

Os índices de empregabilidade em 70 só não são maiores porque alguns alunos continuam a estudar, ingressando no Ensino Superior. Esse facto também é importante para a escola, que tem como fim primeiro formar os alunos para o mercado de trabalho, permitindo-lhes no entanto o prosseguimento de estudos. “Assim, os alunos que queriam continuar a estudar, mas que porventura não consigam o acesso, já têm alguma experiência no mercado de trabalho, já têm ferramentas para utilizar nesse mercado”.

CURSOS. E como os cursos estão adaptados às solicitações de empresas e serviços, no próximo ano lectivo vai abrir novamente o primeiro ano de Técnico de Artes Gráficas e o de Serviços Jurídicos. “Além da boa resposta do mercado de trabalho, é importante ter sempre duas turmas para dar rentabilidade ao equipamento que temos nas artes gráficas. Depois, os alunos mais novos também vão aprendendo com os mais velhos, o que lhes abre horizontes”.

Já o novo primeiro ano de Serviços Jurídicos, também está justificado pelas solicitações do mercado. “Já temos um primeiro ano neste curso, mas é preciso dar-lhe continuidade. Ao nível do Ministério da Justiça há uma preocupação muito grande com a falta de pessoal. Por isso, os alunos deste curso vão ser privilegiados, dado que no final do 3º Ano podem fazer estágio nos tribunais e nas conservatórias. Depois terão colocação quase imediata, pois neste sector há uma grande falta de pessoal, nomeadamente ambientado com as novas tecnologias. Podem assim entrar na carreira de oficial de justiça”.

Esta boa conjuntura poderá assim contribuir para dignificar o nome da escola, que neste momento já é uma referência. Só assim se compreende que, apesar de no próximo ano apenas poderem ser admitidos 40 alunos, neste momento já há mais de 50 inscritos. Este facto e os níveis de empregabilidade são importantes para garantir a continuidade da escola, sobretudo depois de 2006, quando termina o presente Quadro Comunitário de Apoio.

“Desde que estou na escola, há cinco anos, nunca existiram problemas financeiros. Tudo tem decorrido dentro da normalidade e a escola está acautelada até 2006. Por outro lado, actualmente, o Ministério da Educação já comparticipa com uma maior fatia em relação ao que acontecia antes. No futuro, talvez não fiquem todas as escolas, mas nós vamos apostar na formação com responsabilidade e eficiência”.

Na óptica de Olga Preto, “a Etepa forma bons profissionais, está implantada no meio e é acarinhada pela sociedade civil, mas quer provar a importância da sua existência, pois, desde logo, permite que muitos alunos concluam o 12º, sendo que alguns deles não o fariam no ensino dito regular”.

SEDE. Actualmente, a escola tem 116 alunos e não pode ir além de 120, pelo que aquela responsável pensa que, dada a situação estável, seria uma boa altura para avançar com um novo edifício. “A mudança de instalações é a nossa maior ambição e neste momento há condições para o fazer, dado que há financiamentos através do Prodep. Para isso precisamos do apoio da Câmara de Castelo Branco e também da entidade proprietária, a Associação Comercial, à qual cabe decidir se avançamos, ou não, nesse sentido”.

A avançar está a relação da escola com o meio, pelo que assinou recentemente um protocolo com a Associação de Desenvolvimento da Raia Centro Sul (Adraces), no sentido de colaborar num programa comunitário que pretende desenvolver as zonas rurais e valorizar o papel da mulher nessas mesmas zonas. “A Etepa vai ajudar a seleccionar e a formar monitores que irão estar envolvidos nesse programa, uma área na qual temos experiência devido ao nosso curso de Animadores Sócio-Culturais e à organização de estágios”.

O referido programa irá funcionar por dois anos e pretende recuperar o convívio social que antes existia nas aldeias, mas que se está a perder em virtude das pessoas irem trabalhar para a cidade e só voltarem à noite. Pretende-se, por isso, criar um grupo que se aproxime das pessoas nas aldeias, ajudando-as, por exemplo, no preenchimento de documentos, na procura de informações, fomentando ao mesmo tempo um maior convívio e espírito de entreajuda entre a população.

 


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