Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano IV    Nº36    Fevereiro 2001

Politécnico

POLITÉCNICO DE VISEU COM CASA NOVA

Dois milhões de investimento

O Instituto Politécnico de Viseu vai inaugurar a sua nova sede no próximo dia 23 de Março. O edifício fica situado no Campus Politécnico, custou cerca de um milhão de contos e vai permitir libertar parte da actual Escola Superior de Educação, a qual mais tarde também será transferida para o Campus Politécnico. Mas essa é uma obra para mais tarde. Neste momento avança a construção da Escola Superior Agrária, na Quinta da Alagoa, que custará um milhão de contos, e prepara-se a construção de duas novas residências de estudantes.

Por este conjunto de razões, o presidente do Politécnico de Viseu, João Pedro de Barros, mostra-se satisfeito e espera que o número de alunos da instituição, que actualmente chega aos nove mil, possa aumentar ainda mais nos próximos anos. “Temos sete mil e quinhentos alunos em formação inicial e mais mil e 500 em vários mestrados, doutoramentos, complementos de formação e formação especializada”. Algo que poderá ser alterado com o novo instituto universitário, apesar do plano de desenvolvimento ter sido cumprido até agora.

“O plano de desenvolvimento está a ser cumprido integralmente. Pedimos já quatro novos cursos para a Superior de Educação, casos de Jornalismo, Comunicação Audiovisual, Marketing Relações Públicas e Publicidade. Pedimos outros em áreas que consideramos significativas para o desenvolvimento regional. Queremos também desenvolver duas unidades orgânicas, nomeadamente uma Escola de Artes e uma Escola Superior de Saúde”.

No caso concreto da Superior de Saúde, a decisão passa pela integração da actual Superior de Enfermagem de Viseu, que já deveria ter acontecido. “Esta questão nunca mais se decide. Nós vamos lançar agora um livro denominado Viseu também é Portugal para sensibilizar a opinião pública e o Ministério para cumprir com esse objectivo. Se o Governo foi tão lampeiro a criar aqui uma unidade orgânica da Universidade de Aveiro, que se trata de um pólo e logo é ilegal face à Lei 26/2000, que se apresse a criar aquilo que para nós é importante. É que as artes e a saúde são duas áreas fundamentais definidas pelo Governo para o desenvolvimento do País”.


PROJECTOS. Se a decisão da Superior de Enfermagem pode ser rápida, como já foi anunciado, a questão da Superior de Artes de Viseu parece estar atrasada. “Solicitámos as escolas em 1999 e foram prometidas pelo ministro Eduardo Marçal Grilo. Neste momento temos o Ricardo Pais, que foi director do cinema São João, no Porto, que é de Viseu e gostaria de ver a Escola de Artes implementada. Para a saúde, contamos com o professor Correia de Campos, que é hoje uma autoridade e que irá fazer parte dos corpos da escola. Mas estamos à espera que o Governo dê cumprimento da Escola de Saúde, que anunciou, e à de Artes, que vai ao encontro dos objectivos do Governo, de colocar uma em cada capital de Distrito”.

Já certa é a construção do novo edifício da Escola Agrária. Esta escola funciona já há cinco anos, tem quatro cursos de engenharia a funcionar, da Zootécnica, à Hortofrutícola, Técnicas Agro-alimentares e Florestal, frequentados neste momento mais de 500 alunos. Funciona na Quinta da Alagoa, mas as aulas teóricas são ministradas nas instalações da Superior de Tecnologia. Porém, em 2003 essa situação será alterada. O edifício custará 870 mil contos e o equipamento rondará os 130 mil, pelo que será investido um total de um milhão de contos.

A primeira pedra do edifício será lançada a 23 de Março, e a obra deverá avançar em Maio, com um prazo de construção de ano e meio. “Pensamos que até 2003 a escola estará apta a receber os alunos”, conclui. Aptas a receberem os alunos parecem também estar muitas empresas do País, que recrutam muitos alunos da Superior de Tecnologias de Viseu antes mesmo de terminarem os cursos. “Pelos dados da Univa e do Observatório de Emprego temos a consciência que os alunos de uma licenciatura de cinco anos, chegam ao fim do terceiro e estão empregados”.

Mas as novidades não ficam por aqui. O Politécnico lança a construção de duas novas residências de estudantes e inaugura a sua nova sede no dia 23 de Março. “Este edifício vem permitir ter casa própria e libertar a Superior de Educação, que está em fase de grande expansão e não tem onde colocar os alunos. A mudança será feita em Fevereiro e a escola poderá agir em consonância com o que é exigido”.

A nova sede custou 570 mil contos enquanto o equipamento custa mais 100 mil, mas a maioria do mobiliário já foi adquirido pela instituição. Já os arranjos exteriores estão orçados em 297 mil contos e logo que o tempo melhore serão concluídos. Será assim concluído um investimento de um milhão de contos, quando já surge outro em perspectiva. “Já foi aprovado o programa preliminar para que a Superior de Educação passe para o campus, dentro de dois ou três anos, pelo que as actuais instalações serão para a pós-graduação, indo toda a formação inicial para o campus”
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