
Vamos bem, obrigado!
Mandam as regras, tanto quanto a tradição, que se alinhavem duas ou três palavras nestes números de aniversário, sobretudo quando este é profundamente sentido, motivo de orgulho e de partilha de algumas cumplicidades com os leitores.
Não parece, mas já lá vão três anos desde a publicação do número zero deste projecto jornalístico que a RVJ e o semanário Reconquista acarinharam desde a primeira hora. Desde então, sobretudo para os que mais directamente têm estado envolvidos na produção do Ensino Magazine, este curto tempo de existência já nos parece razão de maturidade.
Talvez porque o jornal tenha crescido vertiginosamente: quem sabe se pelo excelente acolhimento que tem merecido por parte de todos quantos nos lêem, ou que nos permitem manter uma informação viva, actualizada e actuante. Talvez porque, ano após ano, tenhamos conseguido cumprir todos os objectivos traçados. Talvez, enfim, porque todos os meses nos confrontamos com um manancial de informação e de artigos de colaboradores que dificilmente encaixamos num só número do nosso jornal. o que nos faz tantas vezes pensar quanto seria desejável duplicar o número de páginas, ou produzir outra edição suplementar.
Mas cá estamos, de pedra e cal, para continuarmos a servir a comunidade educativa, contribuindo, na medida das nossas possibilidades, para o enobrecimento da comunicação social da região.
Os últimos doze meses foram marcantes na vida deste jornal: conseguimos expandirmo-nos para o distrito de Viseu; aumentamos em mais de mil exemplares a tiragem do Ensino Magazine (que já ultrapassou a barreira mítica dos quinze mil!); criamos o Ensino On-line, com a possibilidade de colocar à disposição dos leitores artigos de natureza científica que dificilmente se enquadrariam numa edição normal do jornal; consolidamos significativamente a estrutura empresarial que sustenta este projecto editorial e crescemos em termos de imagem, de prestígio e de reconhecimento público da nossa actividade, de que é claro exemplo a entrevista que hoje publicamos e que nos foi concedida pelo actual Ministro da Educação.
Estamos pois a traçar um rumo certo e a dar passos seguros, amadurecidos e consistentes no sentido de projectar ainda mais este jornal que, no curto prazo, pode vir a alcançar a tiragem histórica de vinte e quatro mil exemplares.
O futuro está bem entregue, já que depende de uma pequena equipa de editores, profissionais de corpo inteiro, dedicados e altamente qualificados para manterem um espírito visionário indispensável à evolução e projecção nacional e internacional deste projecto. O futuro está bem entregue porque sabemos ser indiscritível o carinho com que todos os meses somos recebidos nas instituições de ensino dos distritos de Castelo Branco, Guarda, Portalegre e Viseu. O futuro está bem entregue porque nos sobra no imaginário a vontade de melhorar e de fazer cumprir outros e novos rumos que a educação a cultura e o ensino merecem.
Neste espaço plural continuará a haver lugar para todos. Neste espaço colectivo cabem a força das opiniões e a credibilidade da investigação científica. Neste espaço singular cabe a especulação da arte e a interrogação do pensamento prospectivo. Neste espaço de convivência marcamos todos os meses encontro com uma comunidade diversificada que já nos espera e que dela muito esperamos.
Por tudo isso, este novo ano será apenas mais um ano de confirmação dos resultados que os leitores já conhecem e se habituaram a respeitar. Por tudo isso, à pergunta convencional, podemos com algum orgulho incontido responder: vamos bem, obrigado!

João Ruivo
ruivo@rvj.pt
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