Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano IV    Nº42    Agosto 2001

Politécnico

EM PROENÇA-A-NOVA

Agrária ajuda reserva de caça

A Escola Superior Agrária de Castelo Branco está a participar na orientação dos recursos cinegéticos da Zona Municipal de Caça de Proença-a-Nova, ao abrigo do qual já foi realizado um levantamento dos recursos existentes naquela zona, a qual tem cerca de sete mil hectares e se situa entre as freguesias do Peral e de Proença.

Depois de finalizado o levantamento, os responsáveis camarários decidiram encerrar a reserva este ano, de modo a aumentar os recursos cinegéticos, que actualmente se encontram perigosamente próximos do nível mínimo. Ao mesmo tempo, será feito um repovoamento, como refere o vereador da Câmara de Proença, Paulo Catarino.

“A zona tem potencialidades ao nível da caça ao javali, coelho, perdiz e lebre, pelo que vamos fazer uma candidatura a fim de, na Primavera de 2002, possam ser libertados na área dois mil casais de perdizes, algumas dezenas de casais de lebres. O repovoamento de coelho não vai ser feito sobretudo porque as vacinas não são totalmente eficazes e os animais podem morrer, perdendo-se todo o trabalho”.

Ainda em relação ao repovoamento, aquele responsável explica que “o processo será feito em colaboração com a Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior e terá o acompanhamento da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. É que, por exemplo, se as perdizes não são largadas com um certo cuidado, podemos correr o risco de estarmos apenas a alimentar predadores”.

Além deste trabalho, neste momento, o processo da reserva está todo concluído, a área já foi sinalizada como zona de caça municipal e as vedações estão feitas, um trabalho em que a Câmara investiu cerca de três mil contos. Falta agora explicar publicamente quem pode caçar, quando e em que condições, pelo que os responsáveis pela zona de caça vão realizar sessões de esclarecimento em Proença, nas Moitas, no Pergulho e no Campo de Tiro.

VANTAGENS. Com aquelas alterações, os caçadores de Proença-a-Nova vão passar a ter vantagens na Zona de Caça Municipal, a qual visa “implementar uma certa racionalidade na caça, pois os praticantes são muitos e é preciso agir de forma a proteger as espécies”, refere o presidente da Câmara Diamantino André. Para este ano está prevista a caça às raposas e saca-rabos, estando ainda agendada uma montaria aos javalis.

Organiza-se assim, em termos cinegéticos, uma zona que até agora funcionava em regime livre. É que a legislação não previa a criação de zonas de caça municipais e a possibilidade de constituir uma reserva associativa era muito complicada devido à pequena dimensão da propriedade, a qual obrigava ao acordo entre muitos proprietários. Acontece que esse era um trabalho longo e de difícil execução, uma vez que, tal como em muitos concelhos do Interior, há muitos proprietários que vivem fora do Concelho.

A possibilidade da zona de caça ser municipal traz porém vantagens aos proprietários dos terrenos e aos caçadores residentes, os quais “não perdem os benefícios que já tinham e, logo que a caça seja suficiente, terão direito a caçar como antes, em condições vantajosas”. Esta é, pelo menos, a opinião de Paulo Catarino, vereador responsável pela zona de caça, o qual explica como tudo se vai passar nos próximos tempos, além de revelar os projectos implementados e a desenvolver no local.

 

 

POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

Acordo para alojamento

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e a Direcção Regional de Educação do Alentejo (Drea) acabam de assinar um protocolo de cooperação com vista à cedência de instalações por parte da Drea ao IPP. Instalações que segundo o Ensino Magazine apurou se destinam ao alojamento de alunos do Instituto e a salas de aula.

No protocolo a que tivemos acesso é referida a importância das residências de estudantes do ensino não superior para aqueles alunos que necessitam de ser deslocados das suas terras para prosseguirem os estudos. No entanto, o decréscimo do número de alunos nessa situação é significativo e nos últimos cinco anos só 45,5 por cento do total da capacidade da residência de estudantes de ensino não superior em Portalegre tem sido ocupada. Este facto permitiu ao Instituto Politécnico e à Direcção Regional de Educação do Alentejo realizarem o acordo assinado no passado dia 10 de Agosto, no sentido dos alunos do Politécnico poderem usufruir também daquela estrutura, solucionando assim um dos problemas que afectava aquela instituição de ensino superior.

No total 40 alunas poderão beneficiar deste entendimento. Como consequência deste acordo, o Instituto Politécnico de Portalegre vai ter que realizar algumas obras. Assim, terá que transformar a entrada que actualmente serve de acesso a veículos e serviço de fornecimento, numa entrada principal. Além disso, terá também que alterar o actual corredor de acesso a veículos, transformando-o num espaço reservado. O protocolo obriga ainda o Politécnico a transformar a zona de secagem, num espaço polivalente, e a proceder à beneficiação e adaptação das instalações eléctricas.

A separação dos espaços destinados a alunos e alunas, nos 1º e 2º pisos também fica a cargo do IPP, que irá ainda transformar o sótão numa zona ampla e luminosa, para espaço de convívio.

SALAS. Além da cedência de camas, a Direcção Regional de Educação do Alentejo vai ainda disponibilizar algumas salas de aula ao Politécnico de Portalegre. Facto vem solucionar um dos problemas que afectava a instituição, já que no próprio edifício dos serviços centrais são ministradas aulas.

 

 

SIMPÓSIO EM VISEU

Informática Educativa

O papel que a informática pode desempenhar no sector educativo vai ser o principal ponto de reflexão do 3º Simpósio Internacional de Informática Educativa, a realizar na Escola Superior de Educação de Viseu, de 26 a 28 de Setembro, uma iniciativa que tem como objectivos “reunir, divulgar e reflectir sobre trabalhos de investigação nas áreas em discussão, promover a troca de experiências entre investigadores nacionais e estrangeiros, debater e reflectir sobre os desafios da sociedade de conhecimento e facilitar o estabelecimento de cooperação que permita a realização de projectos internacionais”.

Os prelectores convidados para aquele simpósio serão David Jonassen, da Universidade de Missouri, dos Estados Unidos, Felisa Verdejo, do departamento de linguagens e sistemas informáticos da Universidade Nacional de Educación de Distancia, de Espanha, e Enrique Hinostroza, do Instituto de Informática da Universidade de La Frontera, do Chile.

Além das prelecções do conferencistas convidados, os participantes no Simpósio poderão também apresentar comunicações, no máximo de 15 minutos para exporem os seus trabalhos e cinco minutos para discussão dos temas. De acordo com a organização, durante os três dias da iniciativa serão debatidos assuntos tão diversos como a «concepção, desenvolvimento e avaliação do software educativo, e as aplicações educativas para pessoas com necessidades especiais». De qualquer forma, há outros temas que também serão chamados à discussão, casos das «aplicações educacionais para a web», «experiências de ensino/aprendizagem utilizando tecnologias de informação e comunicação», «ensino à distância» e «formação de professores em tecnologias de informação e comunicação».

À medida que os temas forem apresentados, a organização tem agendados fóruns de discussão. Na prática tratam-se de “sessões debate entre especialistas de um dos temas do simpósio, com a duração aproximada de 60 minutos”. Ainda segundo a organização, “os fóruns serão propostos pela pessoa que actuará como moderador”. De referir que o terceiro simpósio internacional de informática educativa é uma das iniciativas do género mais importantes realizadas em Portugal, sendo que os pormenores do Simpósio podem ser consultados na página Internet do Instituto Politécnico de Viseu, no endereço www.ipv.pt.

 


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