Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano III    Nº32    Outubro 2000

 

Politécnico

PORTALEGRE

Formação no Instituto

O Instituto Politécnico de Portalegre acaba de anunciar um conjunto de acções de formação para o ano lectivo que agora se iniciou. A iniciativa, de acordo com os responsáveis do Politécnico, destina-se sobretudo à formação interna e tem como público alvo o pessoal não docente do Instituto. Deste modo, Nuno Oliveira (na foto) propõe-se realizar um dos objectivos que, há cerca de três meses, anunciou ao Ensino Magazine e que passava por melhorar a formação profissional dos funcionários do Politécnico a que preside.

Além do pessoal não docente do politécnico podem inscrever-se nas acções de formação funcionários dos vários serviços da Administração Pública e a trabalhadores do sector privado do Distrito de Portalegre. Com estas acções, os responsáveis pelo Politécnico consideram que “o Instituto assume o seu papel fundamental de agente dinamizador da sociedade, além de fomentar a divulgação de conhecimentos, que contribuirá para uma melhoria na qualidade dos serviços prestados às populações”. 

No total vão ser 12 as acções de formação previstas. A primeira, dedicada ao tema “Concursos de pessoal e procedimento administrativo na Administração Pública”, tem início já no próximo dia 2 de Novembro e termina no dia 9 do mesmo mês. As inscrições encontram-se abertas até ao dia 27 de Outubro e o curso terá a duração de 12 horas. A responsabilidade daquela acção fica cargo do Administrador dos Serviços de Acção Social do Politécnico (SAS), Antero Teixeira, e pelo Chefe de Departamento de Repartição de Pessoal do Politécnico, Rosa Raposo.

A segunda acção, tem data marcada para o dia 13 de Novembro e prolonga-se até ao dia 30. O tema a leccionar será a “Introdução á Contabilidade” e serão responsáveis pela formação, João leitão, Administrador do Instituto e Azevedo Coutinho, coordenador da Área de Gestão da Escola Superior de Tecnologia do Politécnico.

Até ao final de 2000 o Instituto tem agendadas mais duas acções de formação. A primeira, de 24 horas de duração, vai analisar “a Folha de Cálculo - Microsoft Excel” e ao contrário dos dois cursos anteriores, vai ser ministrado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, entre 15 e 30 de Novembro. Esta acção é da responsabilidade de Graça Mocinha, técnica informática do Instituto. A última acção do ano 2000 realiza-se de 4 a 15 de Dezembro, nos Serviços Centrais do Politécnico. Com 18 horas de formação, aquele curso abordará o tema “Aquisição de bens e serviços e empreitadas de obras públicas”, e tem como formadores Antero Teixeira, administrador dos SAS Instituto, e José Falcão, técnico assessor principal do Politécnico de Portalegre.

Já em 2001 estão previstas mais seis acções. A 4 de janeiro inicia-se um curso sobre o processamento de texto - Microsoft Winword 98/2000, que estará a cargo de Secundino Lopes, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, Inês Bilé, secretária da presidência do Politécnico e João Arranhado, técnico dos Serviços Acção Social do Politécnico.

De 24 a 31 de Janeiro decorrerá mais um curso, agora sobre o regime jurídico da função pública. A iniciativa tem a duração de 12 horas e será ministrada por Gamelas Ferreira, do secretariado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Mas os cursos não se ficam por aqui, já que o Politécnico de Portalegre pretende contribuir para a melhoria da formação de pessoal não docente na Região. Assim, de 5 a 23 de Fevereiro realiza-se um curso sobre o atendimento público, a qualidade e a imagem na organização, sob a responsabilidade de Paulo Canário, docente na Estg. Ainda na Estg, mas entre 5 e 16 de Março, será leccionada mais uma acção de formação, agora subordinada ao tema a “introdução à informática, sistemas operativos e locais”. Uma acção que terá como formadores Luís Pinheiro, docente da Escola Superior de Educação de Portalegre, e Nuno Serra, técnico de informática do Instituto.

A Acção número 9, como é designada, abordará as novas tecnologias da informação e Internet. Tem a duração de 20 horas e decorre de 21 a 30 de Março, tendo como formador Secundino Lopes, docente da Estg. Já em Abril, de 11 a 27, falar-se-á sobre o Código do Procedimento Administrativo, num curso que será leccionado por Antero Teixeira e Gamelas Ferreira, ambos do Politécnico. Para o mês de Maio estão agendadas as últimas acções de formação. Assim, entre 2 e 14, será ministrado um curso sobre sistemas de base de dados - Microsoft Access, enquanto que entre 2 e 22 de Maio será abordado o tema “Gestão Orçamental nos Serviços Públicos”. As inscrições para as acções encontram-se abertas na sede do Instituto.

 

 

OBRAS COMEÇAM EM JANEIRO

Agrária de Viseu vai ter novo edifício

O edifício pedagógico da Escola Superior Agrária de Viseu vai arrancar em Janeiro de 2001. A garantia foi dada ao presidente do Politécnico, João Pedro de Barros, no início deste mês, altura em que recebeu a certidão de teor, que desbloqueia o pagamento do terreno. A nova estrutura, com cerca de cinco hectares, ficará situada na Quinta da Alagoa e será construída no espaço de 18 meses.

De acordo com João Pedro de Barros, presidente do Politécnico, a construção do novo edifício da Escola Agrária só acontece devido ao que considera ser “o espírito magnânimo do Lar de Santo António”, proprietário do terreno da Quinta da Alagoa e o qual tem mantido uma boa articulação com a presidência do Politécnico, nomeadamente em projectos de desenvolvimento regional.

João Pedro de Barros adianta ainda que a Superior Agrária do Politécnico de Viseu tem neste momento quatro cursos e tem como objectivos dar enquadramento técnico à área agrícola, importante no Distrito de Viseu, já que ocupa 41 por cento da população.

CURIOSIDADES. A cidade de Viseu foi a primeira do País ao nível do ensino agrícola, com a criação da escola Prática de Agricultura de Viseu, em 1852, então colocada num edifício antigo, como documenta a foto em cima. E como a tradição não se perdeu, a 19 de dezembro de 1994 nascia oficialmente a Escola Superior Agrária de Viseu, que é hoje uma das mais recentes do ensino agrário politécnico em Portugal.

A ESA de Viseu desenvolve actualmente acções lectivas e de investigação na área das ciências agrárias e agro-industriais, nas instalações da Superior de Tecnologia (foto em baixo) e da Quinta da Alagoa.

Hoje os pilares da escola assentam, segundo os seus responsáveis, em três pontos fundamentais. O primeiro diz respeito à qualidade de ensino, através da transmissão de conhecimentos técnico-científicos constantemente actualizados e precisos, cada vez mais centrados na utilização das modernas tecnologias, visando a formação superior de bacharéis e licenciados nos domínios agro-alimentares, da produção agrícola e da produção animal.

Um segundo objectivo passa pela consolidação da ligação com a comunidade através de consultoria, apoio técnico-científico e prestação de serviços a organizações institucionais, empresas, explorações agrícolas, centros de investigação e outras organizações do sector agrário.

Finalmente, pretende desenvolver acções de investigação, experimentação e divulgação de conhecimentos nos domínios das ciências agrárias, permitindo o avanço científico e tecnológico do sector agro-industrial, agrícola e zootécnico.

 

 

GUARDA

Politécnico a votos

O Instituto Politécnico da Guarda vai eleger o seu novo presidente no próximo dia 6 Novembro. Até à hora do fecho da nossa edição perfilavam-se três candidatos para suceder naquele cargo ao presidente demissionário, José Alves. São candidatos Jorge Mendes, que até há pouco tempo exerceu as funções de vice-presidente do Politécnico, Joaquim Brigas, director da Escola Superior de Educação, e Luisa Campos, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda. De resto, aquela candidata foi a primeira a anunciar a sua disponibilidade para suceder a José Alves na presidência do Politécnico, considerando que o facto de ter estado fora do Instituto, durante quatro anos, altura em que esteve na Universidade de Cambridge, lhe possibilitou um certo distanciamento dos problemas internos do Politécnico. Aquela responsável garante apostar no diálogo, pois considera que é essencial esquecer as vivências negativas do passado.

MENDES. Mas a corrida à sucessão de José Alves tem sido mais acesa entre os candidatos Jorge Mendes e Joaquim Brigas. Jorge Mendes, em conferência de Imprensa justificou a sua demissão do cargo de vice-presidente, em nome da transparência e da honestidade. “Se porventura o professor José Alves não fizesse o enorme sacrifício de se manter no cargo de presidente, cumpriria até ao fim com as minhas funções de vice-presidente”. Jorge Mendes desafiou mesmo o candidato Joaquim Brigas a demitir-se das funções de director da Escola Superior de Educação”, argumentando também que conforme o parecer jurídico do gabinete do Secretário de Estado do Ensino Superior, “poderia ter assumido todas as funções que competem ao presidente do Instituto, até à tomada de posse do novo presidente, ao contrário do que se tentou fazer crer”.

Jorge Mendes assume-se como candidato a presidente do Instituto Politécnico da Guarda porque “acredito que o ensino superior politécnico é um dos grandes factores de luta contra a interioridade”. Além disso, Jorge Mendes diz ter “um conhecimento profundo de todos os projectos que estão neste momento em marcha no Instituto”. E dá como exemplos a criação da futura Escola Superior de Tecnologias da Saúde, projecto fundamental e prioritário, o lançamento da Escola Superior de Turismo e Telecomunicações de Seia e a construção da sede da Associação de Estudantes.

Do extenso rol de argumentos, Jorge Mendes recorda a urgência nas aprovações das licenciaturas bi-etápicas, a criação de novos cursos em regime nocturno e a dinamização e apoio a iniciativas para reduzir o insucesso escolar.

BRIGAS. Joaquim Brigas é outro dos candidatos ao cargo de presidente do Instituto Politécnico. Director da Escola Superior de Educação da Guarda, questionou o facto de Jorge Mendes ter assumido os destinos do Politécnico, após a demissão de José Alves. No entanto considera que não tem que se demitir do cargo de director da Escola Superior de Educação. Quanto à sua candidatura acredita que vai sair vitoriosa e é da opinião deveria ser o Instituto Politécnico a subsidiar a campanha que se avizinha.

Além disso, Joaquim Brigas solicitou ao ainda presidente José Alves que fosse elaborado um regulamento de campanha para evitar “especulações sobre apoios de quem quer que seja”. A acrescentar ao regulamento, aquele candidato solicitou ainda a cedência de um espaço em cada escola e nos serviços centrais, para a realização de sessões de esclarecimento. A campanha está lançada e Joaquim Brigas acredita que vai obter um bom resultado. O mesmo sucede com os outros candidatos. 

 


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