CONFERÊNCIA NA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU

O futuro está na rede

“Actualmente, a Internet é um dos meios preferenciais de publicação de conteúdos para diversos fins e tipos de utilizadores, tanto pela sua facilidade de utilização, como pela sua já ampla e crescente divulgação”. A constatação é dos professores universitários Rui Moreira, Luís Silva e Eurico Carapatoso, que proferiram a primeira das palestras na terceira edição da Conferência sobre Redes de Computadores, que decorreu nos dias 16 e 17 de Novembro, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

Aqueles professores referiram ainda que a web é cada vez mais importante em mecanismos de ensino à distância, auto-formação e cooperação, pelo que, no decorrer da sua intervenção, apresentaram o Ser-Web, “um serviço de edição remoto de páginas HTML, que poderá contribuir para enriquecer as realidades de ensino e facilitar a publicação de conteúdos na web, possibilitando a cooperação entre os diferentes tipos de utilizadores, tanto na produção como na actualização e adaptação de conteúdos já publicados”.

Esta foi apenas uma das muitas novidades conhecidas na Conferência, que foi organizada pela Fundação para a Computação Científica Nacional e pela Universidade de Aveiro, com o apoio do Instituto Politécnico de Viseu. Um encontro que teve como finalidade contribuir para a discussão de temas científicos e técnicos numa das áreas da informática de maior expansão e que maiores contributos tem tido para a difusão e implantação da Sociedade da Informação e do Conhecimento.

A organização procurou ainda juntar na Conferência os melhores especialistas do país envolvidos na investigação, desenvolvimento e utilização das redes de computadores e oriundos dos sistemas de ensino, investigação e da indústria. E, a título de exemplo, Helder Zagalo, Joaquim Pinto e Joaquim Martins, da Universidade de Aveiro, apresentaram um sistema de componentes em desenvolvimento que tem como principal objectivo “a pesquisa e recolha de informação bibliográfica em múltiplos sistemas ao mesmo tempo”.

No sistema apresentado por aqueles investigadores, “a apresentação da informação é suportada por operações de normalização de formatos, remoção de duplicados e construção de conjuntos unificados e globalizantes de registos”.

GUARDA

Mendes na presidência

Jorge Mendes, 43 anos, é o novo presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). A sua eleição foi conseguida, no início do mês, naquelas que foram as eleições mais disputadas da vida do Politécnico, sendo necessárias três voltas para eleger o novo homem forte do Instituto. Luísa Campos acabou por não passar da primeira volta , com 14 votos. Na primeira volta, Joaquim Brigas, outro candidato, foi o docente com mais votos (25), enquanto que Jorge Mendes obteve 23. Veio a segunda volta e registou-se um empate técnico a 32 votos e um voto branco, até que na derradeira ronda, o ex-vice presidente de José Alves conquistou 36 votos contra 28 de Joaquim Brigas. 

Licenciado em matemática, mestre em administração escolar, Jorge Mendes está ligado ao Politécnico da Guarda vai para 10 anos, primeiro como docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, depois como coordenador do pólo de Seia e como vice-presidente. Eleito para a presidência de um Instituto que nos últimos anos viveu momentos difíceis, Jorge Mendes tem como objectivo imediato “pacificar o Politécnico da Guarda”. Mas as metas do novo presidente do IPG não se ficam por aqui. “Queremos implementar, o mais rapidamente possível, a Escola Superior de Saúde da Guarda. Uma escola que passa pela integração da Escola Superior de Enfermagem da Guarda no Politécnico, uma vez que o decreto regulamentador dessa integração já está elaborado”, explica Jorge Mendes. 

A nova Escola Superior de Saúde da Guarda terá, no entender do novo presidente do IPG diversas valências, além da enfermagem. “A ideia é criar outros cursos ao nível das tecnologias da saúde, casos de fisioterapia, ligado à medicina desportiva, radiologia e pneumologia “. A par da Escola Superior de Saúde, Jorge Mendes pretende consolidar a Escola Superior de Turismo e Telecomunicações de Seia. “Em Janeiro do próximo ano vamos tentar arrancar com a obra das instalações, de forma a que em 2001/2002 possamos abrir dois novos cursos. Um ligado ao Turismo Ambiental e Rural e outro às engenharias das Telecomunicações. Cursos que se juntarão ao existente de Turismo”.

Outra prioridade imediata do Politécnico é a resolução do problema da sede da Associação de Estudantes. “Das duas uma, ou avançamos com a compra do actual edifício, onde se encontra a sede académica, ou optamos pela construção de um edifício de raiz. Mas esta é uma situação que terá que ser resolvida no mais curto espaço de tempo possível”. 

ESTATUTOS. Ao nível interno, Jorge Mendes também quer mexer no funcionamento do Politécnico. “Temos que elaborar uma revisão dos estatutos do Instituto, que nalguns aspectos estão ultrapassados”, confirma aquele responsável. Além disso, diz, “vai ser feita uma remodelação dos serviços do Politécnico, que ainda estão deficitários nalgumas áreas. Por exemplo, temos que criar um Gabinete de Relações Internacionais e um outro de Relações Públicas. O mesmo sucederá com o Gabinete de Planeamento que também deverá constituído”.

Outra das novidades de Jorge Mendes é a tentativa de abrir, já no próximo ano aulas nocturnas. “A ideia passa por possibilitar aos alunos que já estejam a trabalhar e queiram concluir as suas licenciaturas bi-etápicas, que o façam em horário nocturno. Por isso vamos tentar criar licenciaturas nocturnas”, explica Jorge Mendes.

Uma das obras que ficará para mais tarde será a construção do Pavilhão Multiusos. Uma obra que Jorge Mendes considera importante, “mas não prioritária”, pois como lembra há outros objectivos que têm que ser cumpridos a curto prazo.