A UBI TEM DIAS ASSIM
2000 na Universidade
A última edição dos Dias da UBI, que decorreu de 14 a 16 de Março, contou com mais de dois mil visitantes, sobretudo alunos de escolas de diferentes graus de ensino. A grande maioria pertencia, como se compreende, a alunos de escolas da região, mas a tendência para a Universidade receber a visita de escolas de outras regiões continua a incrementar-se.
Um facto que deixa os responsáveis da instituição satisfeitos, pois os Dias da UBI têm precisamente como fim abrir as portas da Universidade à comunidade da Região e de outras regiões, em especial aos jovens que ainda estudam nos ensinos básico ou secundário.
A exibição do pré-protótipo do veículo destinado à competição na Eco-Maratona Shell, que se realiza em França no próximo Verão (ver peça ao lado), foi uma das principais atracções, apesar de ainda não estar com a decoração definitiva.
Importante foi também a divulgação da licenciatura em Medicina e mais uma vez foi bem vindo o jogo de bolsa, que apesar de ser uma simulação, está muito bem feito e cativa qualquer curioso à primeira passagem.
Já no Pólo I estiveram abertos todos os laboratórios, o centros de recursos e os visitantes puderam ver de perto as aeronaves Cessna T-37 e Fiat G-91, que são as principais atracções, pelo menos enquanto o Sagres, o avião que está a ser construído na Universidade não sair cá para fora. Não faltaram ainda exposições, divulgação de licenciaturas, apresentação de painéis informativos, jogos de enigmas, informações sobre a União Europeia e pesquisas na Internet, entre muitas outras actividades.
De referir ainda que Os Dias da UBI terminaram com duas chaves. Uma de ouro para a organização, e uma de plástico, esta última levada pelos Ensemble JER, um grupo que actuou no Anfiteatro das Sessões Solenes no dia 16, e que tem a particularidade de usar apenas instrumentos de plástico.
Este espectáculo incluiu-se no Projecto Unifonias, Música na Universidade, que envolve universidades de todo o País e foi de facto algo diferente.
Os Ensemble JER interpretaram a Area 2 de Stravinsky, o Bolero de Ravel e o Tríptico Serrano, que se divide em três peças, dedicadas a outras tantas serras, nomeadamente à do Açor, à da Lousã e à da Estrela. Na segunda parte interpretaram a Missa do Homem Armado, com a participação da artista convidada, a soprano Margarida Marecos. Um bom trabalho para um grupo fundado em 1990, que já deu cerca de 70 espectáculos.
JORNADAS DE AVALIAÇÃO
NA UBI
Mais medidas, mais
sucesso
O coordenador da avaliação da Universidade da Beira Interior e vice-reitor da instituição, Luís Carrillho Gonçalves, quer combater o insucesso escolar dos alunos. Mas não o quer fazer a qualquer preço. Ao contrário, quer fazê-lo aumentando o nível de formação, que será acompanhado de algumas medidas estratégicas, algumas das quais já estão no terreno.
“Queremos saber o que é preciso fazer para reduzir o insucesso, mas sem baixar o nível. Porque há medidas que se podem tomar para aumentar o sucesso escolar, como foi o caso das tomadas em relação ao Ensino Secundário. Mas a Universidade da Beira Interior quer aumentar o sucesso subindo o nível de preparação e incutindo hábitos de trabalho nos alunos”, refere.
Entre as medidas em curso destaca a figura do tutor, a alteração no calendário escolar e uma relação mais coerente entre o ensino, a aprendizagem e a avaliação. E se ainda é cedo para avaliar resultados, o que poderá acontecer dentro de dois anos, aquele responsável não esconde uma grande esperança.
Uma esperança reafirmada nas III Jornadas de Avaliação da UBI, que decorreram no Pólo I a 17 de Março. Jornadas onde se pretende fazer o follow-up das licenciaturas já avaliadas partindo dos relatórios de auto-avaliação de cada licenciatura e dos das visitas das comissões de avaliação externa. Um trabalho realizado numa iniciativa acompanhada de perto pelo Reitor da UBI e pelo presidente do Conselho de Avaliação da Fundação das Universidades Portuguesas, Sousa Soares.
E foi precisamente naquelas jornadas que se anunciaram algumas medidas para a promoção do sucesso escolar, as quais surgiram depois de um processo em que se analisou a situação da Universidade e do qual, entre outros assuntos, se concluiu, por exemplo, que 80 por cento dos alunos são deslocados. E ainda que 30 por cento pertençam ao Distrito de Castelo, a verdade é que os alunos da parte sul de Castelo Branco também se enquadram entre os deslocados, devido às distâncias quilométricas.
Partindo desta e de outras conclusões, pretende-se agora integrar melhor os alunos deslocados e até os que o não são. É daí que surge a figura do tutor. “O regime tutorial permite acompanhar os alunos dos diferentes anos curriculares, nomeadamente os do primeiro e do segundo anos, aqueles em que se verificam maiores taxas de insucesso. Mas só dentro de dois anos poderemos avaliar o efeito da medida”.
De qualquer modo, considera que o tutor poderá ser importante na orientação do aluno até ao nível do desenvolvimento de hábitos de trabalho e orientação nas matrículas.
“No primeiro ano, os alunos procuram inscrever-se nas cadeiras que conferem os 45 créditos, mas alguns acabam por fazer três ou quatro cadeiras. Depois, na segunda matrícula, inscrevem-se em 12 ou 13. Não vale a pena. O aluno tem de perceber isso e tem de cooperar. Porque não há sucesso se o aluno não cooperar, porque ele não é um produto que sai de uma fábrica”.
A alteração do calendário escolar é outra das iniciativas que recebeu o apoio dos presentes nas Jornadas, e dos alunos através de referendo. “Pretendemos fazer uma alteração significativa ao calendário escolar, nomeadamente alterando as épocas de recurso, que estavam concentradas em Setembro. Os alunos inscreviam-se no final do ano, mas depois, em Setembro, 50 por cento faltavam, sobretudo alunos do primeiro e segundo anos”.
Carrilho Gonçalves afirma que, de facto, “hoje vive-se uma realidade completamente diferente. Os alunos são mais solicitados no Verão. Fazem férias. Vão para fora. Não ficam em casa dos pais como acontecia há alguns anos”. Daí que “a solução foi criar uma época de recurso logo a seguir a cada semestre. No final do semestre fazem-se os exames. Surge um interregno de 15 dias e depois há uma semana para exames de recurso”.
A terceira alteração passa por uma relação mais coerente entre ensino, aprendizagem e avaliação. Pretende-se conhecer melhor a relação entre aquilo que se ensina e o que o aluno aprende, adaptando metodologias, nomeadamente metodologias de avaliação o mais de acordo possível com a relação de ensino-aprendizagem. Um aspecto considerado fundamental para a redução dos níveis de insucesso.
ENGENHARIA CIVIL
Conferências
2000
O Núcleo de Estudantes de Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior, realiza, de 4 a 13 de Abril, mais um ciclo de conferências. Uma iniciativa que pretende discutir e analisar as problemáticas da engenharia civil. A sessão de abertura está agendada para as 14h30 do dia 4. Depois Noronha da Câmara, falará sobre a concepção e acompanhamento da obra “Hospital Pêro da Covilhã”. No dia 5, a qualidade da engenharia em Portugal, serve de tema para a primeira conferência, proferida por José Martins. Já de tarde Vitor Almeida falará da qualidade na construção.
O dia 6 é dedicado a uma visita de estudo ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, pelo que os trabalhos, no dia 7, só começarão na parte da tarde com um palestra de Alfredo Campos Costa, sobre a observação dinâmica de pontes. As conferências continuam até ao dia 13, e a abordarão diversos temas, como “pontes e estruturas especiais”, por António Reis, no dia 10; “a formação do engenheiro moderno”, por António Fonseca, e “materiais de construção”, por Said Jalali, no dia 11; “engenharia sísmica. Torre Vasco da Gama”, por Nuno pais da Costa e Luís Ferreira, e “obras marítimas estruturas acostáveis”, por Neto Rebelo, a 12 de Abril; “projecto de estruturas de edifícios, o átrium Saldanha, em Lisboa, por Teixeira Trigo e Leite
Garcia.
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