ENSINO ESPECIAL
Distrito na Europa
As crianças com necessidades educativas especiais do Distrito de Castelo Branco e de Mação e os professores de educação especial vão contar com uma rede especial de informação que permite trocar experiências, recolher conselhos e resolver problemas, no momento, através da Internet.
Perante um caso em que os professores tenham ou sintam algumas dificuldades em relação ao encaminhamento ou metodologia a seguir com o aluno com necessidades educativas especiais, poderão recorrer à rede, a qual é supervisionada pela Agência Europeia para o Estudo do Desenvolvimento das Necessidades Educativas Especiais.
Portugal é membro de pleno direito desde a fundação daquela agência, que engloba os 15 países da Comunidade, mas a rede nacional só ficou constituída em Novembro de 99. Agora deverá entrar em funcionamento dentro de algum tempo, depois de ser disponibilizado o dinheiro para a compra de equipamento informático necessário.
A rede agora formalizada é constituída por seis docentes da Direcção Regional de Educação do Centro (Drec), sendo mesmo a direcção mais representada, a par da de Lisboa, que também tem seis docentes. A direcção do Norte tem cinco docentes, a do Algarve três, a do Alentejo dois e um das direcções da Madeira e dos Açores, respectivamente.
Já ao nível da Drec foram escolhidos quatro centros da área educativa para ficarem directamente ligados à rede, sendo o de Castelo Branco um dos eleitos. O responsável pelo serviço local será Joaquim Colôa, um dos professores da coordenação de equipas dos Apoios Educativos, que ainda no mês passado esteve em Espanha no Congresso Ibero-Americano de Educação Especial.
OBJECTIVOS. A Agência Europeia surgiu sob proposta da Dinamarca e foi inaugurada em 1996. Após o período experimental, em Novembro de 99 passou a organismo formal da União Europeia e é financiada pelos 15 estados membros além da Noruega e da Islândia.
Em termos latos, é um organismo de coordenação, colaboração e cooperação internacional cuja finalidade é manter, transmitir e divulgar conhecimentos entre os países membros, no âmbito das necessidades educativas especiais. Para isso, todos os países têm materiais, equipamentos, programas e tecnologias desenvolvidas para compensar as necessidades educativas das crianças.
Em Castelo Branco há mesmo um centro deste tipo, o denominado Centro de Avaliação de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação de Castelo Branco (Canticb), que está instalado no Jardim de Infância número 2, junto ao Hospital Amato Lusitano. Naquele local existem diferentes tecnologias que permitem minimizar os efeitos de uma deficiência na aprendizagem. No fundo, essas tecnologias são um suporte que o aluno possa aprender mesmo que tenha uma deficiência inultrapassável e que alguns anos lhe impedisse o acesso à aprendizagem escolar.
A agência presta apoio à investigação e difusão de resultados na área da educação especial. Pretende criar um fórum europeu vocacionado para a formação profissional neste sector educativo concreto, bem como organizar cursos, seminários, conferências e visitas de estudo. Finalmente, serão aplicados programas específicos com o apoio da União Europeia, OCDE, Conselho da Europa, Conselho Nórdico, entre outros organismos.
INTERESSES. A informação disponibilizada na rede dirige-se sobretudo a professores e a profissionais que, directa ou indirectamente, têm intervenção nas escolas. Mas pretende chegar a todos os agentes comunitários com responsabilidades no campo das necessidades educativas especiais, desde investigadores e responsáveis políticos.
Para já, e entre 99 e 2002, a Associação propôs três novos centros de interesse em relação aos quais se começa agora a recolher informação. São eles as boas práticas em sala de aula, a transição para a vida adulta e a difusão de novas tecnologias aplicadas à educação especial.
Já nos anos anteriores foi disponibilizada na rede informação sobre outros temas específicos da educação especial, casos da intervenção precoce, dos centros de recursos, da cooperação entre educação regular e educação especial, bem como da organização de suportes para professores com intervenção neste campo.
Os interessados em contactarem a Agência podem fazê-lo através da rede de representantes nacionais e regionais. Poderão também fazê-lo por correio electrónico, através do qual é possível obter a informação incluída na base de dados da Biblioteca da Agência. O endereço é
http://www.europran-agency.org e a página é actualizada continuamente, oferecendo informação detalhada para a elaboração de estudos comparativos, entre várias outras
vertentes.
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