Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano III    Nº27    Maio 2000

 

Politécnico

NA TECNOLOGIA

Comunicações com futuro


Os docentes da Escola Superior de Tecnologia, Paulo Torres e Paulo Marques estão satisfeitos com o resultado das I Jornadas de Engenharia Electrotécnica, realizadas este mês na Escola Superior de Tecnologia. “Tivemos uma participação média de cerca de 150 pessoas, algumas delas oriundas de empresas da Região”, diz Paulo Marques, enquanto justifica essa participação pelos temas abordados. “Tivemos uma videoconferência, em que os prelectores estavam em Lisboa, e a partir daqui poderiam ser formuladas questões. Além disso o painel de oradores foi significativo, onde estiveram também presentes entidades, como o Instituto de Comunicações de Portugal, e empresas como a Telecel e a Siemens”.

Para a próxima edição aqueles responsáveis, que em conjunto com o Núcleo de Engenharia Electrotécnica da EST promoveram as jornadas, esperam divulgar mais a iniciativa, junto de outras entidades, como os Politécnicos da Guarda e de Portalegre e novas empresas.

A importância das jornadas reside no entender de Paulo Torres e Paulo Marques “no facto dos alunos terem ficado com a sensação de que aquilo que aprendem está relacionado com o que vão utilizar no futuro. Por outro lado tiveram contactos com empresas que poderão vir a ser empregadoras”. Aqueles responsáveis referem mesmo que quem concluir o curso tem o emprego garantido. “As operadoras novas lutam entre elas para ter os quadros, a Portugal Telecom tem os quadros a esvaziar, porque as pessoas que têm experiência vão para outras operadoras. Daí que haja uma saída profissional muito grande”.

Neste momento, a aposta no curso de engenharia electrotécnica passa pelas comunicações móveis e pelas redes. “Onde nos destinguimos dos outros cursos é na parte da electrónica e das comunicações. Um aluno de informática, por exemplo, não aprende como é que se faz um sinal de rádio e de televisão, ou como é que as comunicações móveis vão evoluir”. Um dos problemas que afecta o curso é a falta de alunos no 4º ano. “A frequentar assiduamente as aulas temos cinco alunos, os outros que terminaram o terceiro já estão empregados. Sabemos que o curso é um pouco exigente, pois obriga a um grande conhecimento de matemática e a uma grande autonomia por parte dos alunos”, explica Paulo Marques.

Na opinião de Paulo Torres, aquilo que se verifica é que “no primeiro ano os alunos nem sempre estão motivados. Mas quando passam para o segundo e terceiro anos, pensam de outra maneira. Ficam motivadíssimos”. Além disso, afirmam que “não há mais nenhum curso semelhante no Interior do País. Aqueles que existem estão em Lisboa, Porto e Aveiro. Daí que este seja um curso moderno”. Uma das apostas que poderá cativar mais jovens para a electrónica será a promoção de algumas iniciativas junto da comunidade. Os dois docentes pensam mesmo que uma das hipóteses será a apresentação pública dos projectos de final de curso. “Por outro lado, é nossa intenção começar a realizar projectos de licenciatura, que possam servir às empresas da Região. Os próprios empresários quando tiverem problemas nas suas empresas, na área electrónica, poderão vir ter connosco, em vez tentarem arranjar soluções fora da Região”.

Em traços gerais, as primeiras jornadas de engenharia electrotécnica serviram para promover um dos cursos mais importantes da Escola Superior de Tecnologia, e para motivar os próprios alunos à conclusão da licenciatura. É que os quadros existentes são poucos para a procura, numa altura em que vem aí a nova voga de telemóveis, a televisão digital e muitas outras novidades na área das comunicações.

 

 

EST DE CASTELO BRANCO

Investigação e engenharia

A Escola Superior de Tecnologia realiza nos dias 7, 14 e 21 de Junho um ciclo de seminários dedicado à engenharia e à investigação. A Engenharia e a Investigação é o tema da iniciativa. Para Bruno Chaparro e Jorge Antunes, docentes na Escola Superior de Tecnologia, investigadores no Centro de Investigação da Universidade de Coimbra, e responsáveis pela organização, a iniciativa “pretende aproximar os alunos com a investigação científica, que se desenvolve em Portugal. Porque muitas vezes se tem a ideia que a investigação é feita por pessoas diferentes, quando o que acontece é que quem a faz são pessoas perfeitamente normais. E esse é um aspecto que tem que ser visto dentro de pouco tempo, também pelo Politécnico”, explicam.

Bruno Chaparro e Jorge Antunes estão também envolvidos no projecto Anhydra, que envolve a construção de um veículo económico. Na área de investigação estão ligados à estampagem e aos revestimentos, em engenharia mecânica. A vinda para Castelo Branco tem a ver com uma opção de carreira. “Este é um politécnico novo, que tem futuro. Por exemplo a escola tem o futuro que as pessoas responsáveis quiserem que ela tenha. Nós somos jovens, e estamos também interessados em participar no seu desenvolvimento e a ajudar a definir o futuro da Escola”, explicam.

O ciclo terá início no dia 7 de Junho, pelas 15 horas, no auditório da EST, com uma prelecção de Valdemar Fernandes, responsável científico pelo Grupo de Tecnologia do Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra. Valdemar Fernandes fará a apresentação do Centro que coordena e abordará o tema “A Determinação de Propriedades Mecânicas de Filmes Finos”. Ainda no dia 7, Luís Filipe Meneses, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, falará sobre a simulação numérica do comportamento de materiais metálicos.

A segunda parte dos ciclos está reservada para o dia 14 de Junho, também às 15 horas. Albertino Loureiro, da Universidade de Coimbra, apresentará uma prelecção sobre soldadura robotizada, enquanto que Norberto Pires, também da Universidade de Coimbra, explicará os sistemas flexíveis robotizados de produção e software distribuído.

A iniciativa será encerrada no dia 28 de Junho, também às 15 horas. José Maria Cirne, da Universidade de Coimbra e Rogério Leal, falarão sobre experimentação e cálculo em mecânica estrutural no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, e de algoritmos genéticos em optimização estrutural.

 

 

ELVAS

Agrária recebe Centro

 

 

POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO E PENTEADORA

Unidos pela engenharia

 

 

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Património Mundial

 

 

ESTG DE PORTALEGRE

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Bolsa de valores

 

 

PORTALEGRE

Fundação a caminho

 

 

CASTELO BRANCO E EXTREMADURA

Aposta na literatura

 


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