COMO REITOR DA UBI
Santos Silva toma
posse
Santos Silva tomou, no último mês de Fevereiro, posse como Reitor da Universidade da Beira Interior. Santos Silva sucedeu assim a Santos Silva aos comandos daquela instituição. Na cerimónia de tomada de posse, o reitor da UBI começou por salientar que “a UBI sendo uma das universidades públicas mais recentes tem vindo a afirmar-se e a consolidar o seu projecto, planeando atempadamente o seu crescimento e contribuindo de forma inequívoca para o desenvolvimento da Região que a acolhe”. Estas foram as palavras chave de um discurso onde Santos Silva retratou a Universidade de fio a pavio.
De acordo com aquele responsável, neste momento a “UBI tem 4370 alunos de graduação, 116 de doutoramento e 305 de mestrado, enquanto que o corpo docente ascende aos 358 professores, dos quais 32 por cento possuem o grau de Doutor e 48 por cento o grau de mestre”. A qualidade no ensino graduado parece ser uma aposta de santos Silva, que anunciou a abertura de novos cursos, que assim se juntam às 21 licenciaturas existentes. Assim, a partir do próximo ano lectivo a UBI vai ministrar licenciaturas de Português-Espanhol, Português-Inglês, Design Multimédia e Design Têxtil e do Vestuário. Santos Silva referiu-se ainda à Licenciatura em Medicina, que na sua opinião, “vai ser ministrada segundo moldes inovadores, baseada no acompanhamento dos alunos. Promovendo a inserção dos alunos, desde o 1º anos, nas instituições de saúde, sobretudo no domínio ambulatório”. Santos Silva frisou ainda que “além da licenciatura em medicina, a Faculdade assegurará outros cursos na área da saúde, dando cumprimento às resoluções do Conselho de Ministros”.
Santos Silva lembrou também os cursos de pós-graduação leccionados pela UBI. “Neste momento estão criados 16 mestrados, oito cursos de extensão e 22 áreas de doutoramento. Mas devem ser criados mais cursos de mestrado, que permitam aprofundar as competências adquiridas na licenciatura e também desenvolver aptidões e capacidades relacionadas com novas áreas de emprego”.
Ao nível das infraestruturas, Santos Silva tem projectos bem concretos, que pretende ver concluídos num curo espaço de tempo. “Propomo-nos recuperar o Edifício II na antiga fábrica Ernesto Cruz, para a Unidade das Artes e Letras, sendo uma das partes ocupada pelo cybercentro. É também nosso propósito, para além da ampliação dos laboratórios de Biologia e Bioquímica, expandir as instalações desta unidade, através da construção de um complexo pedagógico”. A construção da nova Faculdade de Ciências da Saúde foi outro dos aspectos que Santos Silva considerou importante. “Nos próximos anos é esse um dos nossos grandes desafios. Para além do edifício da Faculdade, pretendemos instalar, nessa área, Centros e Institutos de Investigação, uma residência universitária e unidades alimentares, de forma a construir-se um verdadeiro campus da saúde.
LEVAR A ESCOLA À
UNIVERSIDADE
Os dias da UBI
A Universidade da Beira Interior promove, nos próximos dias 14, 15 e 16 de Maio, Os Dias da UBI. Uma iniciativa, que pretende abrir as portas da Universidade à comunidade da Região, e em especial aos jovens que ainda estudam nos ensinos básico ou secundário. O programa já foi divulgado e integra diversas exposições, colóquios e outras iniciativas inéditas.
A exibição do protótipo do veículo destinado à competição na Eco-Maratona Shel, que se realiza em França, no próximo Verão, é uma das atracções, que podem ser vistas no Pólo I. Outro dos momentos altos será a divulgação da licenciatura em Medicina. Já no Pólo IV, haverá tempo para a simulação de um jogo de bolsa.
mas estas são apenas algumas das iniciativas a realizar ao longo dos três dias. No Pólo I, são várias as actividades agendadas, desde as visitas aos laboratórios, centros de recursos e às aeronaves Cessna T-37 e Fiat G-91, exposições, divulgação de licenciaturas, apresentação de painéis informativos, jogos de enigmas, ou pesquisas na Internet. São uma mão muito cheia de iniciativas, com as quais os pequenos estudantes poderão contactar.
No Pólo II, o panorama repete-se com a realização de exposições, e visitas aos laboratório de optimização do rendimento desportivo. Além disso, os participantes nos Dias da UBI poderão visitar o claustro e a sala dos actos, situados no edifício do Convento de Santo António, onde está instalada a reitoria da
UBI.
Finalmente, no Pólo IV, que é como quem diz, na Unidade de Ciências Sociais e Humanas, além das exposições, os participantes na iniciativa poderão assistir a uma aula experimental, ter acesso a informações sobre a comunidade europeia, entre outras novidades. No final receberão um certificado de presença. Há dias assim!
DEBATE
Que escola
inclusiva?
A integração e a inclusão escolar das crianças são dois processos bastante diferentes e que importa saber distinguir, para que melhor se possam entender os percursos das crianças com dificuldades na aprendizagem devido a problemas internos.
O primeiro pretende que as crianças com necessidades educativas especiais sejam apoiadas individualmente, de forma a poderem participar no programa vigente e inalterado. O segundo processo pressupõe o empenhamento da escola em receber todas as crianças, restruturando-se de forma a poder dar resposta adequada à diversidade dos alunos.
Esta foi uma das principais ideias referidas durante o Simposium Escola Para Todos: Pedagogia Diferenciada e inclusão, realizado na Universidade da Beira Interior, no Pólo da Carpinteira, nos dias 11 e 12 de Fevereiro. Uma iniciativa da Universidade que juntou à mesma mesa técnicos portugueses e espanhóis para debaterem o futuro da pedagogia diferenciada e da escola inclusiva.
Outros objectivos passaram por contribuir para um debate alargado em torno de temas tão actuais como a gestão flexível do curriculum e a escola inclusiva, o dar a conhecer algumas especificidades no âmbito das dificuldades de aprendizagem e ainda a sensibilização da comunidade educativa para todos estes problemas.
Os debates foram moderados por Manuel Joaquim Loureiro e Fátima Simões, da Secção Autónoma de Ciências da Educação da Universidade da Beira Interior, e as intervenções bem os justificaram, pois estiveram presentes Miguel Angel Verdugo, da Universidade de Salamanca, e Ana Maria Bénard da Costa, do Instituto de Inovação Educacional.
Ana Maria Bénard da Costa referiu-se concretamente ao projecto Necessidades Educativas Especiais na sala de aula, desenvolvido pela Unesco a nível mundial, mas também è execução do projecto Escolas Inclusivas, em Portugal, nomeadamente aos anos 94/95 e 97/98. Finalmente, abordou formas de desenvolver escolas e salas de aula inclusivas, a promoção das práticas inclusivas e as formas de liderança necessárias para que tal aconteça.
Já na sexta-feira, Sérgio Niza, do Ministério da Solidariedade, referiu a importância de se desenvolver uma escola inclusiva e democrática, onde todos os alunos tenham direito de ingresso e de sucesso. Afirmou a “necessidade de «massificação» de sucesso nas aprendizagens escolares, no pleno direito e dos valores democráticos”.
Com uma orientação que visa “alargar o movimento humanista para a construção de uma educação inclusiva”, defendeu “um desenvolvimento curricular assente numa gestão flexível e cooperada, que permita, através de processos de diferenciação e de regulação cooperadas, assegurar uma escola inclusiva de elevada qualidade educativa para todos”.
Por seu lado, Maria José Baldaia, da Drec, José Silva e Inês Reis, da ESE de Coimbra, vieram defender que “a aprendizagem cooperativa pode e deve ser usada como estratégia de diferenciação das aprendizagens na sala de aula e de inclusão de todos os alunos e professores no desenvolvimento de acções educativas”.
Um assunto também abordado por Yolanda Benito, do Centro Psicológico e Educativo Huerta del Rey, em Valladolid. Orientando-se neste caso numa perspectiva dos sobredotados, defendeu que “a educação para a diversidade e a problemática do aluno intelectualmente sobredotado estão intrinsecamente unidas em relação à necessidade de elaboração de programas educativos diferenciados, no que respeita à forma e ao método”.
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