Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano III    Nº34    Dezembro 2000

Reportagem

ESART JÁ DÁ MÚSICA À REGIÃO

Orquestra da cidade

O primeiro espectáculo da Orquestra de Câmara da Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart) do Instituto Politécnico de Castelo Branco ultrapassou as expectativas e confirmou a aposta daquele estabelecimento de ensino em lançar aquele projecto. Fernando Raposo, director da Esart, considera positiva a actuação dos jovens da escola que dirige. “A orquestra surge dentro do plano de estudos do curso de música. E surge, por um lado porque a formação ministrada se destina a formar instrumentistas, solistas, entre outras valências, para música de câmara. Por outro, porque para a Região é importante que a Escola vá para lá das suas paredes. Neste sentido a Orquestra vai ter um papel importante no desenvolvimento cultural da Região”.

Fernando Raposo considera mesmo que “a Escola associada a outras instituições fará desta cidade o epicentro cultural de toda a região. É claro que temos que associar as nossas iniciativas, às outras que estão a ser desenvolvidas pelo Politécnico, autarquia e outras entidades”. Quem também se mostrou satisfeito com a actuação da Orquestra da Esart, foi o seu director técnico, José Filomeno Raimundo, docente na Esart. “A orquestra está a corresponder às expectativas e ao trabalho que tem sido feito. No concerto de estreia, apresentámos um programa enquadrado nos objectivos curriculares do curso, com obras de Mozart, Vivaldi, Pedro António Avondano, Bach e Georg Philipp”.

Luísa Correia, coordenadora do Curso de Música da Escola, reforça a ideia, na sua nota de abertura alusiva à Orquestra, que “estando incluída no currículo do curso de música, a orquestra é consequência das aprendizagens, pelo que a articulação entre os diversos saberes é fundamental. Por isso, tem também o objectivo de proporcionar uma formação artística especializada, destinada a executantes”. Aquela responsável diz por isso, que “a orquestra funcionará em seminário, com maestros de renome e regularmente com professores da instituição”. Fernando Raposo esclarece ainda que “os seminários funcionarão, no Carnaval e antes da Páscoa, distribuídos por 30 horas em cada um dos seminários. Isto torna a aprendizagem dos alunos mais enriquecida, pois têm contacto com diversos maestros, de filosofias diferentes. No final de cada seminário realizam-se dois concertos. Aquilo que nós prevemos é que num ano se façam oito a nove concertos”.

Outra das apostas da Esart poderá passar pela criação de uma companhia de Teatro. “O curso de teatro ainda não está a ser ministrado. Actualmente existe um projecto de Teatro em Castelo Branco, o grupo Vá Atão, que está fazer um excelente trabalho. Pelo que a escola , com o novo curso, poderá dar um óptimo contributo à constituição de companhia que se vier a criar. Ou seja, Castelo Branco poderá contar com uma orquestra, com carácter regular, - e não haja ilusões que não existem condições na Região de se criar uma orquestra profissional ou semi-profissional, sem ser no contexto da escola -, e de um grupo de teatro”
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Músicos da Esart

A Orquestra de câmara da Escola Superior de Artes Aplicadas é composta por 11 músicos ligados à escola e cinco interpretes convidados. Para que conheça o nome dos futuros grandes músicos do País, aqui ficam os seus nomes: no violino, Augusto Trindade (professor da Esart), Guilherme Correia, Sónia Barroqueiro, Dora Salgueiro, Susana Araújo, Miguel Pereira, Rui Ramos (alunos) e António José Miranda (Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian), nas violas, Pedro Minhós (Orquestra Sinfónica Portuguesa), Patrícia Carvalho, André Serra (alunos) e Ricardo Mateus (Escola Superior de Música de Lisboa); no violoncelo, Rogério Peixinho (professor na Esart) e Ana Raquel Pinheiro (aluna); no contrabaixo, Manuel Rego (Orquestra Calouste Gulbenkian), e no Cravo, Júlio Dias (professor na Epabi).

 


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