Stendhal, pseudónimo de Henry Beyle, nasceu a 23 de Janeiro de 1783 em Grenoble e morreu em 1842. O pai foi advogado no Parlamento desta cidade e a mãe morreu-lhe aos seis anos de idade. Teve uma educação rígida , apenas atenuada pelo avô materno.

Estudou na Escola Central de Grenoble e, em 1799, foi enviado para Paris para ali preparar a sua entrada na Escola Politécnica. Ao arranjar emprego no Ministério da Guerra, abandona os estudos. Parte para a segunda campanha da Itália, acompanhando Bonaparte, então primeiro-cônsul. Tudo em Itália o irá encantar: a sociedade, as mulheres, as artes.

Alista-se no Exército, sendo nomeado segundo-tenente de cavalaria, participando, em pequena escala, na campanha militar. Demite-se em 1802, depois da paz em Amiens.

Volta a Paris, onde frequenta o meio teatral, vivendo de subsídios cedidos pelo pai. Depois de um emprego esporádico numa casa comercial, é nomeado para um lugar na intendência militar. Acompanha o exército na Alemanha, de passagem pela aldeia de Stendhal, toma o pseudónimo pelo qual ficaria conhecido.

Em 1810 regressa a Paris, construindo uma reputação de dandy e de brilhante conversador. É nomeado auditor do Conselho de Estado. Em 1814 abandona o exército. Foi cônsul em Trieste e em Civitavecchia.

Da sua bibliografia destacamos: Armance (1827), O Vermelho e o Negro (1830), Cartuxa de Parma (1829).

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A Cartuxa de Parma. Fabrício Del Dongo, é o segundo filho homem do Marquês Del Dongo. Aos 16 anos e meio, e sempre movido pelas suas paixões, alista-se no exército de Napoleão e entra na Batalha de Waterloo. Denunciado pelo irmão é salvo da prisão pelo amor da sua tia Gina del Dongo. Contudo, em sequência de um crime de sangue, é condenado a 12 anos de prisão de onde foge sempre ajudado pelo amor das mulheres. A cartuxa de Parma é o seu último refúgio após a morte do filho e da única mulher que conseguiu amar, Clélia. Fabrício representa a concepção que Stendhal tinha da vida :“A busca da felicidade”.

Eugénia Sousa

Maria F. Baptista

Novidades

O Instituto Piaget, publicou “A Grande Implosão”, de Pierre Thuillier. Em 2081 alguns homens livres (poetas, historiadores, humanistas) fazem o “Relatório sobre o Desmoronamento do Ocidente”, que ocorreria entre 1999 e 2002. São analisadas as causas que conduziram à queda da sociedade. Um excelente ensaio que pode ser lido como um romance. 

A RVJ, Editores acaba de editar “A Escola e os Paradigmas da Mudança”. Um livro de actas das VIII Jornadas Pedagógicas - III Transfronteiriças, realizadas a 11 e 12 de Março de 1999, cuja propriedade é da Associação Nacional de Professores. O prefácio é da autoria de Valter Vitorino Lemos e a coordenação de António Trigueiros. O livro pode ser adquirido na Associação Nacional de Professores. 

O semanário Reconquista, a RVJ, Editores e a Associação Cultural Outrem acabam de publicar um livro didáctico, que será distribuído gratuitamente aos alunos do 4º ano do Ensino Básico do Concelho de Castelo Branco. “Caça às Pilhas”, da autoria de Carlos Moura e Sandra Santos, pretende sensibilizar, os mais novos e não só, para os problemas ambientais provocados pôr uma má utilização das pilhas.